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Rafael Correa critica qualidade da educação na AL

O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou que só se pode gerar base produtiva para sustentar a vida e alcançar o desenvolvimento com educação adequada, o que hoje é um grande problema da América Latina.

Durante uma entrevista concedida ao canal Gama TV, no início da semana, assinalou que esse é o grande problema não só do Equador, mas da América Latina, onde nenhuma universidade está entre as melhores do mundo.

Inclusive, disse ele em tom autocrítico, dentro da América Latina o nível do Equador está muito abaixo da média.

Falemos claro, sublinhou, não gostamos de escutar estas coisas, mas enganando-nos não vamos resolver os problemas. O Equador tem uma das piores universidades da América do Sul, e se não resolvermos esse problema não alcançaremos o desenvolvimento.

E isso, ressaltou, não vai ser resolvido com medidas cosméticas ou com charlatanice, mas avaliando as universidades, com exames de ingresso rigorosos, exigindo professores capacitados e fazendo exames com os profissionais que se formam, entre outras medidas.

Rafael Correa informou o povo equatoriano que seu governo investe cerca de um bilhão de dólares anuais nas universidades, com resultados muito pequenos.

Há universidades, exemplificou, que recebem cerca de 25 mil dólares por estudante, e nesses casos, seria mais barato mandá-los estudar nas melhores universidades do mundo, onde teriam recebido melhor formação pelo mesmo custo.

Ao referir-se ao grupo de 1,6 milhão de crianças incorporadas ao sistema nacional de educação, dos quais cerca da metade recebem café da manhã grátis, Corrêa assinalou que ainda falta muito para avançar tanto em cobertura como em qualidade.

Em educação básica, avaliou, o país não está mal em cobertura, pois já superou os Objetivos do Milênio das Nações Unidas com 95 por cento de taxa de escolaridade, mas convocou a melhorar a qualidade desse nível de ensino.

Tampouco nas universidades o Equador está mal em cobertura, comentou, pois tem um dos índices mais altos da América Latina, com a matrícula de 30 por cento dos jovens em idade de freqüentar centros de ensino superior.

Contudo, criticou, é necessário medir quantos estudantes terminam os estudos universitários e a qualidade de sua formação profissional.

Ainda há grandes problemas de cobertura na educação inicial, comentou o mandatário, ao qualificá-la de um dos grandes fracassos de seu governo e afirmar que está tomando as rédeas no assunto.

Demos passos muito importantes, enfatizou, mas ainda falta muitíssimo por fazer, e citou como exemplo que na semana passada se apresentaram os padrões de qualidade dos distintos níveis para poder medir a o grau de excelência da educação.

Prensa Latina