Sistema único de saúde começará em 2012 na Bolívia
Cerca de 150 centros de saúde serão equipados a partir deste ano na Bolívia, ponto de partida do atendimento médico gratuito para mais de 60 doenças.
Por Erica Soares
Publicado 04/01/2012 11:57
A ministra de Saúde e Desportos, Nila Heredia, anunciou que depois da aprovação do projeto de Lei do Sistema Único de Saúde (SUS) será implementado de forma progressiva o atendimento gratuito nos hospitais de primeiro nível do país altiplano.
Depois de uma avaliação de gerenciamento, Heredia manifestou que 2011 foi o ano do posicionamento do SUS nas instituições, movimentos sociais e outros setores, que apoiam a construção de um modelo gratuito de saúde.
Esta é uma tarefa que não se consegue cumprir apenas com um decreto ou uma lei, pois é preciso também fazer com que toda a população perceba e reivindique o direito à saúde, afirmou.
Segundo a ministra, no primeiro nível serão feitos atendimentos ambulatoriais que não requeiram internação nem cirurgias.
Quando houver casos inesperados, como uma apendicite, fratura, golpes, entre outras patologias, as quais chegam a mais de 60, serão consultados no primeiro nível e posteriormente passarão o caso ao segundo nível de atendimento caso se considere necessário, explicou a titular.
Assegurou que as pessoas entre cinco e 59 anos que não têm nenhuma proteção terão atendimento gratuito de primeiro nível em mais de 60 patologias através do SUS.
Todos os atendimentos serão articulados com os municípios, que estão responsáveis pelo hospitais de primeiro e segundo nível, enquanto os governos departamentais cuidarão do terceiro nível, acrescentou.
Durante 2012, serão equipados cerca de 150 centros de saúde e hospitais, isto é, todo o primeiro nível, indicou Heredia.
O investimento para a implementação do SUS, em sua primeira fase, requererá duplicar o orçamento do Ministério de Saúde em 300 milhões de dólares para completar o sistema aproximadamente quatro anos.
A ministra recordou que no encontro nacional para aprofundar o processo de transformação, dirigido desde 2006 pelo presidente Evo Morales, as organizações sociais pediram que o SUS seja incorporado na nova agenda de desenvolvimento nacional a partir deste ano.
Fonte: Prensa Latina