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Camila Vallejo insta movimento social a 'sair da marginalidade'

A líder estudantil chilena Camila Vallejo instou o movimento social "a sair da marginalidade" e disse que "não basta fazer sugestões para que outros as coloquem em andamento". Vallejo, estudante de Geografia, foi uma das faces visíveis das mobilizações protagonizadas por estudantes e professores que eclodiram há sete meses no Chile para reivindicar mudanças nas políticas educacionais do país.

"Chega de viver à margem, de ser espectador. É preciso ir para as ruas", sentenciou Vallejo. A estudante lançou neste domingo (08) o livro Nós podemos mudar o mundo durante o segundo dia da "Festa dos abraços" com que o Partido Comunista Chileno celebrou o seu centenário. A publicação traz uma série de palestras, discursos e entrevistas que Vallejo concedeu, após se tornar o rosto e símbolo do movimento estudantil em 2011.

A jovem de 23 anos, atual vice-presidente da Fech (Federação de Estudantes da Universidade do Chile), disse que "está preocupada", pois diversos setores da sociedade delegam aos jovens e aos estudantes a responsabilidade para fazer mudanças. "Nós sozinhos não vamos fazer as mudanças. Os jovens não têm as ferramentas, é preciso que essa luta seja transversal, com organizações, políticos, sociais, sindicais, mas também entre as gerações ", disse.

"É muito importante unificar a luta com nossos pais, trabalhadores e também idosos", lembrou a jovem em conversa com a ex-ministra do Trabalho da Unidade Popular (1970-1973), Mireya Baltr. "O movimento social tem condições para se deslocar de críticas ao modelo (neoliberal) e da ação testemunhal e de confronto para a construção de uma ação política estratégica e efetiva, construindo maiorias e apresentando propostas viáveis", afirmou Vallejo.

O Partido Comunista agregou rostos jovens e proclamou o ex-presidente da Federação de Estudantes de Santiago, Cameron Ballestero, como candidato a prefeito do distrito popular de Estação Central, no setor oeste de Santiago, nas eleições municipais outubro deste ano.

O partido também considera que Vallejo pode ser candidata nas eleições parlamentares em novembro de 2013, especialmente após levantamento do Centro de Estudos Públicos colocá-la em quarto lugar entre as figuras políticas mais influentes no Chile.

Fonte: CubaDebate