Cúpula social na Bolívia define nova agenda do país
A Cúpula de movimentos sociais para aprofundar o processo de mudanças na Bolívia começou nesta segunda-feira (9) com cerca de 500 delegados de organizações sociais, sindicais, camponesas, femininas, empresariais e autoridades do governo.
Publicado 10/01/2012 05:59
Os participantes desta terceira fase do encontro nacional, que desenha uma nova estratégia de desenvolvimento econômico, político e social do Estado Plurinacional, unificarão em um documento único as propostas surgidas depois da etapa de debates nos nove departamentos do país, através das 12 mesas setoriais instaladas.
Antes de inaugurar esta etapa conclusiva, que se realiza na Casa Campestre de Piñami, município de Quillacollo, a 10 quilômetros da cidade de Cochabamba, o ministro da Educação Roberto Aguilar declarou à agência Prensa Latina que o evento aprofundará o enfoque social do direito à educação.
A reunião deve tratar a articulação da educação com a produção, pois uma educação técnica produtiva é a base do desenvolvimento do novo ensino e seu aporte ao desenvolvimento nacional.
Igualmente, destacou Aguilar, o encontro deve destacar o papel da educação no desenvolvimento nacional e sua resposta aos grandes problemas sociais, ratificado pelas próprias organizações sociais e os setores do povo boliviano.
Esta reunião deve impulsionar o direito à educação junto à justiça social, pois os setores mais pobres e vulneráveis devem ser priorizados, reiterou.
O governador do departamento de Pando, Luis Flores, expressou, por sua parte, que sua região apresentará nesta reunião cinco propostas por mesa de trabalho.
Flores destacou que é necessário industrializar os recursos florestais, exportar a borracha, melhorar a qualidade de vida da população, além de tratar o tema das estradas, da água potável e da energia elétrica.
Esta terceira fase do evento tem por objetivo delinear a nova agenda nacional, que priorize políticas públicas, leis e normas necessárias para desenvolver programas que afiancem as transformações que se realizam em benefício do povo, declarou por sua parte a ministra da Cultura, Elisabeth Salgueiro.
A nova agenda para aprofundar o processo de mudanças no país é elaborada em amplos debates neste encoentro nacional dividido em três partes, cuja etapa inicial começou entre os dias 12 e 14 de dezembro.
Depois de um período de formação de consensos com as bases em todas as regiões, o encontro começou na segunda-feira sua etapa final.
Entre os maiores desafios para a revolução democrática e cultural dirigida pelo mandatário Evo Morales estão aqueles associado à necessidade de imprimir uma maior velocidade ao processo de diversificação econômica e de industrialização do país.
Este encontro de cúpula dos movimentos sociais, de ampla representatividade, permite uma interlocução direta entre o governo, os departamentos, os movimentos sociais e o polo produtivo do país.
Prensa Latina