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Funai enviará nova equipe para apurar morte de criança indígena

Após ter afirmado que a notícia sobre o assassinato de uma criança indígenas da etnia Awá-Gwará em Arame (MA) não passaria de "uma mentira", "um boato", a Fundação Nacional do Índio (Funai) anunciou que enviará para a região uma equipe para "verificar a veracidade dos fatos". A fundação afirmou que pedirá apoio à Polícia Federal para investigar os relatos.

O suposto assassinato da criança indígena, que teria tido seu corpo carbonizado por madeireiros em outubro passado, ganhou espaço na semana passada por meio de redes sociais. A etnia Awá-Guajá vive isolada na terra indígena Arariboia. O município de Arame tem sido citado pela forte presença de madeireiras ilegais.

Em nota veiculada em seu site, a Funai disse que recebeu em novembro a denúncia de que ocorrera um conflito na região. Na ocasião, servidores da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Awa-Guajá tentaram apurar mais informações, porém não encontraram elementos que pudessem confirmar a denúncia.

Criada em 2010 para reforçar as ações de vigilância e fiscalização das terras indígenas no Maranhão, a FPE atua na proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas isolados e de recente contato na região.

Entre os dias 6 e 8 deste mês, a Funai já havia mandado uma equipe que descartou completamente qualquer suspeita de assassinato. Ao concluir o documento, a Funai ainda desqualificou blogueiros e internautas que divulgaram a notícia. "A midia, inflamada por organizações com os mais variados interesses, divulgou e deu dimensão que o sensacionalismo adora: a internet com suas redes sociais", afirmou o relatório.

Com Rede Brasil Atual