A ação policial deixou pelo menos três indígenas feridos com balas de borracha e foi realizada sem mandado judicial.
Nos últimos três anos, uma série de medidas restritivas de direitos foram adotadas pela Funai com o objetivo de excluir das políticas de proteção, fiscalização e demarcação de terras mais da metade dos povos originários do país
Brasil possui cerca de 724 unidades de Terras Indígena e Funai só poderá proteger as 487 que são homologadas, segundo informa o jornal O Globo.
Os povos originários, em suas resistências e experimentação da boa vida, representam um risco ao poder.
Em entrevista à Agência Pública, a antropóloga Lúcia Helena Rangel, que coordenou o relatório do CIMI, diz que o primeiro ano da pandemia misturou tudo: “violência, truculência, descaso e abandono do governo”
Presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB diz que crime de genocídio se configura por ações e omissões do presidente da República: “O que está acontecendo é que o STF precisou assumir a gestão, determinando o plano de proteção, de vacinação, e mesmo assim o governo não apresentou adequadamente”.
A Nota da Associação Hutukara é mais uma denúncia de que o aumento do garimpo na Terra Indígena Yanomami é responsável pelo aumento, também, da vulnerabilidade das comunidades.
No documento entregue à CPI da Covid, comissão da OAB denuncia que o conjunto dos atos comissivos e omissivos implementados sob orientação do presidente “submetem índios a condições que tendem a provocar suas destruições físicas”.
Sentença também condenou a União e o Estado de Minas Gerais por violações aos direitos humanos
A morosidade das ações do governo para apoio das comunidades indígenas e o sucateamento das estruturas que atendem essas populações apontam para um futuro devastador, caso o contágio avance nas aldeias.
A decisão do governo representa um duplo golpe: primeiro, na política de proteção ambiental e segundo, na política indigenista. O Ibama também é um importante agente e defensor dos povos indígena do Brasil
A informação foi apurada pelo Estadão por meio do Siaf do governo federal, com apoio da empresa Rubrica, agência especializada em monitoramento de gastos públicos