Ministério da Integração anuncia verbas contra seca no Sul

Para medidas de investimento em prevenção, como perfuração de poços artesianos ou construção de barragens, por exemplo, cada Estado receberá R$ 10 milhões. Mais cedo, em entrevista coletiva, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse que só para compra de caminhões pipa para levar água aos municípios em situação de calamidade seriam necessários R$ 20 milhões.

O governo vai ainda propor ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a postergação de dívidas do crédito rural para 31 de julho a todas as parcelas que vencem no primeiro semestre do ano. Outra proposta que o governo levará ao conselho será a criação de uma linha de crédito de R$ 200 milhões para que as cooperativas possam refinanciar dívidas de produtores de milho, soja e feijão nos municípios em estado de emergência ou calamidade pública. Se aprovado, o crédito terá prazo máximo de cinco anos com taxas de juros de 6,75% ao ano.

O governo quer atender os pequenos agricultores que não são cobertos pelo seguro agrícola – cerca de 85% deles estão protegidos por ele. Para aqueles que comprovem prejuízo superior a 30% da produção, haverá a possibilidade de renegociação da dívida. A previsão do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, é que sejam desembolsados R$ 1 bilhão com desembolso do seguro. Quanto à safra de milho, a perda da produção já está estimada em 32% do total.

O governo também vai instituir um centro de monitoramento de prevenção a desastres à Região Sul. Além de elaborar um diagnóstico da região, o centro também vai monitorar as próximas chuvas. Segundo uma fonte da Casa Civil, o prejuízo por enquanto tem afetado a cultura do milho, mas caso não chova nos próximos dias, a produção de soja pode ser comprometida.

Fonte: Terra