Após anos em queda, população alemã cresce graças a imigrantes
Alemanha tem mais de 81 milhões de habitantesPela primeira vez desde 2002, o crescimento populacional devido à imigração na Alemanha compensou o déficit de nascimentos. A principal causa foi a abertura das fronteiras para trabalhadores do Leste Europeu.
Publicado 14/01/2012 08:01
Após oito anos em queda, o número de habitantes na Alemanha registrou ligeira alta em 2011 – principalmente devido ao aumento no número de imigrantes do Leste Europeu. Mais de 81 milhões de pessoas viviam na Alemanha no final do ano passado, 50 mil a mais do que em 2010. A estimativa, divulgada nesta sexta-feira (13/01), é do Departamento Federal de Estatísticas.
Ao todo, em 2011 o número de pessoas que se mudou para a Alemanha superou em 240 mil o dos que deixaram o país – maior saldo em dez anos. Em 2010, por exemplo, este número havia sido de 128 mil.Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Em 2011, permissão de trabalho na UE se estendeu a oito países
"Isso, entretanto, não significa uma tendência, é apenas uma contagem instantânea", diz o Reinhold Zahn, do Departamento Federal de Estatísticas. "Em médio e longo prazo, a população está diminuindo." Dados exatos sobre 2011 no entanto ainda não existem.
A principal causa para o ligeiro, mas surpreendente, crescimento populacional são os imigrantes vindos de países novos na União Europeia (UE), especialmente da vizinha Polônia, que entrou no bloco em 2004, e da Romênia, na UE desde 2007.
Desde maio do ano passado, quando foi implementada a livre circulação de trabalhadores para oito países que haviam aderido à UE em 2004, estão se mudando para a Alemanha, em média, 28 mil pessoas por mês.
Também por causa da crise da dívida aumentou, acima da média, o número de gregos, espanhóis, portugueses e italianos que buscam a sorte na Alemanha.
Os pesquisadores não constataram mudança significativa na relação entre nascimentos e óbitos em 2011. O número de recém-nascidos ficou entre 660 e 680 mil, enquanto o de óbitos variou de 835 a 850 mil.
Fonte: Deutsche Welle, revisão de Roselaine Wandscheer