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Banco Central aponta que economia retomou crescimento em novembro

A economia brasileira voltou a crescer em novembro, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas, segundo dados do Banco Central. O índice de outubro foi revisado para baixo – mostrando agora queda de 0,50%, ante a baixa de 0,32% na leitura anterior. A redução é considerada um sinal de que o impacto da crise externa sobre a economia pode ter sido maior do que o estimado.

Os números foram divulgados a dois dias da decisão de política monetária, na qual espera-se que a Selic sofra novo corte de 0,5 ponto percentual.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,15% em novembro ante outubro, segundo números com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,85%, de acordo com a mediana das previsões.

No acumulado de 2011 até novembro, a alta do IBC-Br ficou em 2,88%, enquanto o crescimento em 12 meses foi de 3,04%.

De acordo com o relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia tenha crescido 2,84%, segundo a mediana das estimativas. Se confirmado, o número marcará uma forte desaceleração ante o crescimento de 7,5% registrado em 2010.

O IBC-Br incorpora variáveis para o desempenho dos três setores básicos da economia: agropecuária, indústria e serviços. Devido a essa abrangência, o cálculo mensal do BC antecipa um indicador similar ao PIB, soma das riquezas produzidas no país e medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estagnação

No terceiro trimestre, o PIB brasileiro ficou estagnado ante os três meses anteriores, levando o governo a anunciar um pacote de medidas para dar novo estímulo à economia, sobretudo pelo canal do consumo das famílias, que nos últimos anos tem sustentado o crescimento e que registrou queda entre julho e setembro.

O BC também agiu para dar suporte à atividade ao iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento monetário, surpreendendo parte dos agentes e utilizando como justificativa as incertezas no cenário internacional. Desde então, a autoridade monetária já cortou o juro em três ocasiões, cada uma em 0,5 ponto, em meio à desaceleração na economia brasileira diante do agravamento na crise de dívida na Europa.

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia na terça-feira (17) o encontro que decidirá no dia seguinte o rumo da Selic, juro básico da economia. Com base no relatório Focus e a curva futura de juros, o mercado financeiro prevê um corte de 0,5%, que levaria a taxa -hoje em 11 por cento- para 10,5 por cento, menor nível desde julho de 2010, quando estava em 10,25%.

A dúvida de investidores recai sobre as próximas duas reuniões, em março e abril. O relatório Focus mostra mais duas quedas de 0,5 ponto cada, mas a curva futura de DI indica um mercado ainda dividido entre um corte de 0,25 ponto e de 0,5 ponto, e sem expectativa de redução na taxa no restante do ano.

Fonte: Uol Notícias