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Envolvidos em morte de cientista estão presos, diz iraniano

 O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, afirmou em declarações ao canal de televisão iraniano "Alalam" que as forças de segurança "encontraram pistas e realizaram algumas detenções" com relação ao assassinato do cientista nuclear Mostafa Ahmadi Roshan no dia 11 de janeiro.

Ele disse que as pistas estão sendo investigadas pelos funcionários de segurança para que procedam à detenção de todos os envolvidos no atentado que acabou com a vida de Ahmadi Roshan, segundo afirma a agência de notícias iraniana "Irna".

Larijani não deu mais detalhes sobre as detenções que foram realizadas até o momento, mas prometeu que seu país vingará a morte do cientista nuclear utilizando "táticas não terroristas".

O presidente do parlamento afirmou que "estes assassinatos mostram o desespero do Ocidente com o programa nuclear pacífico iraniano". Ahmadi Roshan é o quinto cientista nuclear iraniano morto em um atentado terrorista nos últimos dois anos.

Larijani disse que, segundo as declarações de vários dos detidos, Estados Unidos, Reino Unido e Israel estariam por trás dos atentados contra os cientistas nucleares iranianos. "Temos documentos neste sentido, já que as pessoas que foram detidas afirmaram terem sido treinadas nestes países", disse.

"Por exemplo, o líder terrorista Abdul Malik Rigi revelou durante sua confissão sobre operações terroristas no Irã que manteve reuniões e conversas com funcionários e generais americanos, e que as informações foram enviadas a Washington", afirmou.

Além disso, outros terroristas confessaram que foram treinados por Israel, acrescentou Larijani em declarações a "Alalam".

"Nossos inimigos devem saber de tudo relacionado com a ciência nuclear desenvolvida no Irã e não há um número limitado de pessoas que têm este conhecimento. Este tipo de operações terroristas não pode deter os progressos nucleares de Teerã", defendeu.

"Estes assassinatos mostram que o regime sionista (em referência a Israel) e Estados Unidos estão desesperados por deter os progressos em matéria nuclear do Irã através de outros meios", argumentou Larijani.

Além disso, disse que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "foi consciente desde o início das operações na central de enriquecimento de urânio" e lembrou que esta central "é diferente de outras similares em matéria de segurança, estrutura e velocidade das máquinas de centrifugação".

O presidente do Parlamento iraniano disse que "a AIEA não cumpriu com suas obrigações de dar ao Irã o combustível nuclear pedido, e este problema forçou Teerã a iniciar o enriquecimento".

Larijani afirmou que os "cenários colocados pelo Ocidente, incluindo as sanções contra o petróleo iraniano, as ameaças militares e os assassinatos, são uma mostra de propaganda contra o papel regional e os progressos científicos do Irã".

"As manobras militares iranianas no Estreito de Ormuz podem ter preocupado o Ocidente, mas eram completamente pacíficas. As sanções contra o Banco Central do Irã são parte de um pacote de medidas de pressão impostas pelos Estados Unidos a seus aliados, e não são mais que uma mostra de propaganda", acrescentou.

Assim, disse que Teerã "está preparada para qualquer cenário", incluindo as sanções contra seu petróleo, "e usará seus próprios meios para enfrentar estas ameaças. Usar o Estreito de Ormuz como ferramenta estratégica depende dos eventos que aconteçam".

Fonte: UOL