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Centrais Sindicais definem agenda de luta para 2012 

Representantes das centrais sindicais realizaram nesta sexta-feira (20), em São Paulo, a primeira reunião do Fórum das Centrais (CTB, Força Sindical, NCST, CGTB e UGT). Na oportunidade foi definido calendário de ações para o primeiro semestre de 2012, com destaque para a conjuntura político-econômica e para as mobilizações do 1° de Maio Unificado.

De acordo com informações do secretário de Comunicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Eduardo Navarro, o ponto-chave da reunião desta sexta-feira (20) foi a política econômica e os efeitos da desindustrialização do país.

Segundo ele, após longo debate, foi deliberado que as Centrais Sindicais, junto com os movimentos sociais, irão chamar os empresários para discutir a atual conjuntura econômica. “A ideia é dialogar com o setor empresarial e assim firmar um pacto pelo desenvolvimento, por mais emprego e distribuição de renda. E com isso organizar mobilizações por todo o país”, informou o secretário.

O encontro também foi um momento de avaliação da conjuntura econômica mundial. As Centrais avaliaram o comportamento dos principais países capitalistas frente à crise.

Outro ponto levantando foi a preparação para o 1° de Maio Unificado. As centrais deliberaram que para este ano o mote será: “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e emprego”.

Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, destaca que a unidade das centrais sindicais em torno da agenda de desenvolvimento do país com valorização do trabalho será fundamental para garantir o protagonismo da classe trabalhadora.

Segundo ele, o caminho para resolver a dicotomia crise/desenvolvimento é “lutar por maior valorização do trabalhador, repensar a política macroeconômica, reduzir a taxa de juros, para que haja mais recursos no financiamento da produção industrial. Isso aquecerá o mercado interno e gerará mais emprego e distribuição de renda”, explica.

Outras questões

Na reunião, as Centrais também levantaram outros temas que comporão a agenda ao longo de 2012. Entre as pautas de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras do país, destacou-se:

• Mudanças na política econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário;
• Fim do Fator Previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias;
• Regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores;
• Ratificação da Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra;
• Regulamentação da Convenção 151 da OIT, pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos;
• Reformas agrária e urbana;
• 10% do Pré-sal para educação;
• Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.

De São Paulo,
Joanne Mota