Estudantes pedem para Congresso chileno barrar lei antiocupação
A Confech (Confederação dos Estudantes do Chile) pediu aos membros do Parlamento que rechacem o projeto de lei que prevê o fortalecimento "do resguardo da ordem pública", mais conhecido como Lei Hinzpeter, em referência ao ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter.
Publicado 23/01/2012 11:54
Um dos líderes do movimento, Gabriel Boric afirmou que com o projeto de lei "o governo mostra mais uma vez não ter nenhuma vontade de dialogar" e que "pretende afastar a real discussão dos temas" que os interessam.
Segundo ele, a lei busca penalizar "toda forma de desobediência civil", já que condena as ocupações de estabelecimentos e impõe penas de prisão para aqueles que participem de manifestações públicas. "Esta lei constitui um grave atentado contra a liberdade de expressão e [atenta] não somente contra o estudantes, mas contra todo protesto social legítimo que for realizado", concluiu Boric.
Mapuches
Desta forma, o organismo estudantil também manifestou sua preocupação pela violência contra a etnia indígena mapuche. O presidente da Feuc (Federação de Estudantes da Universidade Católica do Chile), Noam Titelman, destacou que a comunidade enfrenta um cenário "desolador", onde crianças, mulheres e idosos "vivem um verdadeiro inferno". Segundo Titelman, a zona mapuche "está absolutamente militarizada e a verdade é que cada dia se parece mais com crimes de guerra o que está acontecendo" com a comunidade.
Há anos o grupo indígena luta para recuperar seu território na região de Araucanía em meio a um conflito com o governo que já é considerado um dos mais antigos da história do país.
Fonte: Ansa