Sem categoria

Paraguaios festejam queda de ditadura de Alfredo Stroessner

Paraguaios se reúnem nesta sexta-feira (3) nas praças em frente ao Centro Cultural El Cabildo, em Assunção, para festejar os 23 anos da queda do general Alfredo Stroessner (1954-1989), em ato convocado pela Frente Guasu.

O encontro está marcado para as 19h e terá como orador central o presidente Fernando Lugo, segundo cartaz publicado na página oficial do facebook da coalizão de partidos progressistas.

"Há 23 anos caía a ditadura, há três anos a mudança com justiça social chegava ao Paraguai e hoje reafirmamos nosso compromisso com o país", indica a convocação.

A Frente Guasu foi criada em janeiro do 2010 e está integrada por movimentos políticos e organizações sociais que formam a Aliança Patriótica para a Mudança e o Espaço Unitário – Congresso Popular, ambas defensoras do projeto político que triunfou nas eleições do 2008.

Por outro lado, o Ministério do Interior renderá homenagem às vítimas da ditadura em um ato especial na sede do Grupo Especial da Polícia Nacional, lugar que foi sede da Guarda de Segurança de Stroessner.

Nos últimos anos, nesse lugar foram achados restos humanos de pessoas assassinadas pelo regime ditatorial, que governou por mais de três décadas o país.

O ato é organizado pela Direção de Direitos Humanos da instituição castrense e está prevista a apresentação de uma placa pelo titular do Interior, Carlos Filizzola, em memória das vítimas.

Segundo o Relatório Final da Comissão Verdade e Justiça, existe um registro oficial de mais de 420 casos de desaparecimentos forçadas e execuções extrajudiciais durante o período da ditadura.

Em um comunicado oficial emitido ontem, o Ministério do Interior chamou à unidade dos setores democráticos do país e a saldar a dívida com suas vítimas.

A herança deixada pelo regime deixou profundas marcas na sociedade com centenas de mortos e desaparecidos, e milhares de exilados: profissionais, artistas, intelectuais e trabalhadores.

O documento recordou a dívida pendente com as vítimas do regime e pediu à justiça "assumir a responsabilidade na investigação dos crimes de lesa humanidade cometidos durante aqueles anos.

Fonte: Prensa Latina