Cariocas sofrem com transportes lotados e sem ar-condicionado
Todo verão a população do Rio de Janeiro já se prepara para o sofrimento que irá enfrentar: a superlotação dos meios de transporte e o calor desumano nos veículos do transporte público. Como o trabalhador e o estudante precisam se locomover para seus compromissos diários e a grande maioria não dispõe de uma situação financeira que os possibilita andar de carro ou táxi, a única alternativa é enfrentar a terrível odisseia.
Publicado 08/02/2012 17:34 | Editado 04/03/2020 17:03

Nesta terça-feira (7) a situação ficou ainda pior, os termômetros da cidade marcavam 39 graus e meteorologistas afirmavam que a sensação térmica atingia 43. Passageiros reclamavam que as composições da linha 2 do metrô estavam operando sem ar-condicionado. Era nítido o sofrimento dos passageiros em todos os meios de transporte públicos, alguns apelavam para leques e outros artifícios, mas o problema não chegava nem perto de ser solucionado, o calor era intenso demais.
Dos 7.938 ônibus convencionais apenas 848 têm ar-condicionado, ou seja, 11%. Nos trens da SuperVia a situação não é diferente, dos 160, somente 60 possuem refrigeração (25%). O metrô, apesar de ter ar-condicionado em todas as composições, está sempre superlotado, o que impede o bom funcionamento do equipamento, principalmente na Linha 2, que fica exposta ao sol.
A SuperVia afirma que até o ano de 2014 todos os seus veículos contarão com refrigeração. Segundo a companhia, R$ 2,4 bilhões estão sendo investidos para a compra de novos veículos. O Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) também afirmou que novos veículos com ar-condicionado serão colocados nas ruas até 2016.
Enquanto as mega-empresas de transportes não transformam as promessas em realidade, a população carioca sofre espremida no calor descomunal do transporte público do Rio de Janeiro.