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Jornalistas são condenados por dano moral a Rafael Correa

Um tribunal equatoriano condenou os jornalistas Juan Carlos Calderón e Christian Zurita a pagar 2 milhões de dólares ao presidente do país, Rafael Correa, por um livro sobre os supostos contratos de seu irmão com o Estado.

A sentença, de 27 páginas e à qual teve acesso a Agência Efe, reconhece que Correa foi prejudicado "em sua honra, dignidade, bom nome, prestígio profissional dentro do país e fora dele", e que sofreu "dano moral", como argumentava o presidente.

Em seu processo, Correa pedia uma indenização de 10 milhões de dólares, mas a sentença lhe outorga 1 milhão de cada jornalista, mais 100 mil dólares para os honorários de seus advogados.

O líder também ganhou outro processo por injúrias contra os três principais diretores e um ex-editorialista do jornal El Universo, aos quais dois tribunais equatorianos condenaram a três anos de prisão e a pagar a Correa 40 milhões de dólares.

Esse caso está nas mãos da nova Corte Nacional de Justiça, que convocou para a próxima sexta-feira (10) a audiência sobre o assunto. Ao final da audiência, a Corte deverá decidir se ratifica ou revoga a condenação.

Calderón e Zurita são autores do livro "Big Brother", que detalha os supostos contratos que o irmão do presidente, Fabricio Correa, tinha com o Estado.

Nele afirmam: "O presidente conhecia todos os contratos de seu irmão. Fabricio Correa Delgado reconheceu isso". O líder equatoriano, no entanto, negou que soubesse desses contratos.

Na sentença divulgada nesta terça, a juíza María Mercedes Portilla desprezou um contra-processo apresentado pelos jornalistas no qual pediam uma indenização de 200 mil dólares para "ressarcir os danos" causados pela ação legal de Correa.

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