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Polícias e bombeiros do Rio podem deflagrar greve na sexta

As polícias Civil e Militar e Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro realizam uma assembleia no final desta tarde e início da noite, na Cinelândia, centro da capital, para definir se iniciam uma greve para reivindicar melhores salários e um plano de carreira. Segundo a Associação de Praças do RJ, o aumento concedido hoje (9) pelo governo estadual não foi bem recebido pela categoria, que espera reunir milhares na assembleia.

Com 59 votos favoráveis e 1 contrário, os deputados estaduais aprovaram, no início da tarde o projeto de lei que define o aumento salarial para as polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros e os agentes penitenciários.

A proposta original, do executivo, recebeu 78 emendas e foi alterada por um substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo o texto aprovado, o aumento salarial previsto para o próximo mês permanece em 12% para todas as categorias, mas o reajuste previsto para 2013, em duas parcelas, será concedido de uma só vez, no início do ano que vem.

Segundo declarou o líder do governo na Alerj, deputado André Correia (PSD), em 2014, o reajuste para todos (PM, Civil, agentes penitenciários e bombeiros) será equivalente ao dobro da inflação acumulada, o que levará o salário de um PM a  “quase R$ 3 mil”, incluindo o salário líquido, benefícios como vale-transporte e gratificações.

“O governo vai antecipar 48 parcelas, divididas mensalmente em 0,915%. Isso não atende às necessidades da categoria.Queremos ser recebidos pelo governador para apresentar pessoalmente a nossa proposta. Há um mês estamos tentando uma audiência e nada. Ele só propõe gratificação aos setores ativos, deixando contingente de fora como os inativos e pensionistas”, explicou o PM aposentado Vanderlei Ribeiro, presidente da Associação de
Praças da PM e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro( Aspra-PM-BM-RJ).

Vanderlei Ribeiro frisou que o Rio de Janeiro é o estado que mais recebe repasse, tem a segunda maior receita do país, vai sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016. “A arrecadação do final do ano superou todas as expectativas. Não é possível que não haja caixa para dar um aumento digno. Na categoria, estamos em 27º lugar em salário do país”, defendeu o policial reformado.

Ele lembrou que o último reajuste foi de 5%, concedido em agosto de 2011. Atualmente, o salário base, líquido, da PM é de R$ 900. “Queremos uma política salarial, que seja atualizado o nosso soldo e os benefícios, que nossos salários acompanhem a inflação, medida pelo IPCA”, declarou Ribeiro, sem detalhar os índices de reajuste exigidos.

As associações que representam as categorias reivindicam a revisão do piso salarial, atualmente em R$ 900, para R$ 3,5 mil, com o fim das gratificações.

de São Paulo
Deborah Moreira