Protestos de estudantes na Faculdade Kennedy
Desde segunda-feira, volta às aulas, os estudantes da Faculdade Kennedy em Belo Horizonte protestam contra as mudanças na grade curricular de seus cursos. Os estudantes foram pegos de surpresa com o aumento do número de disciplinas ofertadas somente na modalidade à distância.
Publicado 09/02/2012 15:38 | Editado 04/03/2020 16:49
Segundo Douglas Angélico, diretor da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais(UEE Minas), que esta acompanhando as manifestações, a medida adotada pela faculdade demonstra que o princípio que rege a política da instituição não é a qualidade do ensino e sim a lucratividade da Educação.
“Mas uma vez uma instituição de ensino privada tenta impor aos estudantes um rebaixamento na qualidade dos cursos. A União Estadual dos Estudantes realizará uma grande campanha com o mote “Educação não é mercadoria” e organizará o movimento estudantil nestas instituições para lutarem pela qualidade do ensino”, disse Douglas Angélico, diretor da UEE Minas.
Nesta quinta-feira os estudantes realizam outra assembléia geral para decidirem os rumos das manifestações.
Veja abaixo a nota divulgada pela UEE Minas em uma página do facebook.
Existe algo de muito errado no ensino superior privado! No último período as matrículas nas universidades privadas cresceram vertiginosamente. O Prouni e o Novo Fies contribuíram para que mais estudantes tivessem acesso ao ensino superior.
Mas, reajustes de mensalidades, disciplinas online, falta de canal de comunicação da universidade com os estudantes, péssimos atendimentos, demissão de professores (principalmente mestres e doutores) são problemas recorrentes nas universidades privadas. No ano passado com a divulgação do IGC, índice de avaliação do MEC sobre a qualidade do ensino nas instituições de ensino de ensino superior, ficou claro o descompromisso com a qualidade do ensino por parte da Escola de Engenharia Kennedy.
Sem se contentar com a baixa nota no IGC, a Instituição adotou diversas medidas de mudanças autoritárias no currículo dos cursos, colocando matérias à distância, enquanto o os estudantes pagaram pela mesma matéria o valor presencial, entre outras diversas medidas que só contribuem com a péssima qualidade do ensino.
Diante deste quadro os estudantes não ficaram calados. Já ocorreram diversas manifestações e continuam a ocorrer. No dia 9 de fevereiro, às 20h, no auditório da Faculdade acontecerá a assembléia geral dos estudantes para definirem os rumos do movimento. A UEE-MG e a UNE estão juntas com os estudantes da Escola de Engenharia Kennedy por uma educação de qualidade!