TCU dá prazo para governo se posicionar sobre Arena da Amazônia

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campelo, abriu prazo de 15 dias para o Governo do Amazonas se posicionar a respeito de um relatório técnico preliminar elaborado sobre a Arena da Amazônia. Segundo o tribunal, há sobrepreços em alguns itens da obra. As pendências dificultam a liberação de recursos do BNDES para o empreendimento.

Após o prazo, o TCU terá uma reunião com o governo estadual para dirimir as dúvidas. Só depois haverá um relatório conclusivo que pode resultar inclusive numa repactuação sobre o contrato da Arena.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, discutiu o assunto nesta quarta (8), no seu gabinete em Brasília, com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Érico Xavier Desterro.

“Até agora todos os problemas são solucionáveis. Há dúvidas em relação a sobrepreços em uma obra que está em andamento. A participação do TCE na a fiscalização é muito importante para resolver o problema”, disse a senadora Vanessa. Segundo a parlamentar, Jorge Hage aceitou um convite para visitar em breve a Arena da Amazônia. Também estiveram em pauta as obras de mobilidade urbana, do porto e aeroporto de Manaus.

O presidente do TCE, Érico Desterro, que esteve reunindo antes com o presidente do TCU, disse que há problemas, por exemplo, nos preços das cadeiras do estádio. “A CGU detectou que os preços não têm explicação”, disse. Desterro também informou que a CGU e o TCU apontam sobrepreço na administração da obra.

Assim como a senadora, o presidente do TCE acredita que haverá solução para todas as pendências. Ele lembrou que as obras do Estádio do Maracanã estavam na mesma situação e os problemas foram resolvidos.

“Esses relatórios são feitos baseados numa realidade de São Paulo e as vezes até numa realidade fora do Brasil. E nós que somos da região sabemos que vivemos num ambiente peculiar: frete alto, condições climáticas adversas e uma séries de aspectos que precisam ser esclarecidos aos órgãos de controle”, argumentou Desterro.