Sem categoria

Grécia segue preocupando e bolsas europeias terminam em baixa

A Grécia continuou no foco dos investidores nesta sexta-feira, 10, e as bolsas europeias voltaram a cair, pelo quarto pregão nesta semana. O mercado ainda está cético a respeito do acordo firmado entre os líderes políticos do país.

Entre as principais bolsas da região, o índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,73%, para 5.852 pontos; em Paris, o CAC 40 perdeu 1,51%, para 3.373 pontos; em Frankfurt, o DAX recuou 1,41%, para 6.693 pontos; e em Milão, o FTSE MIB terminou em baixa de 1,76%, para 16.361 pontos.

O ceticismo ganhou força após os ministros de finanças da zona do euro adiarem a aprovação de um segundo resgate para a Grécia à espera de sinais de que os líderes políticos do país estão realmente prontos para cumprir as antigas e novas promessas. Eles estiveram reunidos ontem à noite em Bruxelas para discutir o assunto.

Hoje, um dos líderes políticos gregos, George Karatzaferis, do partido Laos, afirmou que ele não poderia apoiar o acordo sobre as medidas de austeridade no atual formato em que ele se encontra. Ontem, o primeiro-ministro, Lucas Papademos, recebeu o apoio dos partidos que sustentam seu governo de coalizão para cortar 3 bilhões de euros adicionais do orçamento em 2012.

Os dois maiores sindicatos do setor público e privado da Grécia, Adedy e GSEE, respectivamente, iniciaram hoje uma greve nacional de 48 para protestar contra o pacote de austeridade. A paralisação afeta bancos, hospitais e transportes públicos.

Também colaborou para o clima negativo nesta sexta-feira o recuo do índice de confiança do consumidor americano. Ele caiu de 75,0 em janeiro para 72,5 na pesquisa preliminar de fevereiro. O declínio do índice vem após cinco meses consecutivos de aumento e contrasta com a série de indicadores econômicos fortes recentemente divulgados.

Analistas de Wall Street destacaram que a retração da confiança em fevereiro coincidiu com um aumento dos preços da gasolina, que corrói o poder de compra das famílias. Além disso, os temores relacionados à crise de dívida na zona do euro têm aumentado a volatilidade no mercado de ações; a queda das bolsas geralmente pesa sobre índices de confiança.

Os investidores também souberam hoje que a China apresentou em janeiro um superávit comercial de US$ 27,3 bilhões, 65% maior que o de US$ 16,52 bilhões de dezembro e também muito superior à mediana das previsões, de US$ 10,6 bilhões. Os economistas esperavam que o feriado do Ano Novo Lunar em janeiro fosse prejudicar as exportações, mas o efeito acabou sendo mais pronunciado sobre as importações.

Fonte: Valor