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Irã desmente AIEA sobre "fracasso" em negociações

Após determinar que os inspetores da AIEA em visita ao país não poderiam ingressar em uma área militar situada em Parchin, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Teerã, o embaixador do Irã na Agência, Ali Asghar Soltanieh, disse nesta quarta-feira (22) que o diálogo entre seu país e o órgão continuará no futuro e que não houve fracasso no último encontro entre as duas partes.

"O diálogo terá continuidade no futuro", disse Soltanieh. O Irã negou aos inspetores da agência a entrada na Central de Parchin por que a visita não estava na pauta das reuniões, segundo informou a mídia iraniana.

Hoje a AIEA divulgou em Viena os primeiros resultados da visita que fez ao país. "Nós negociamos com espírito construtivo, mas não foi alcançado acordo algum", lamentou Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA, que deve emitir um novo relatório sobre o programa iraniano ainda nesta semana.

No ano passado o diretor-geral da agência das Nações Unidas foi apontado pelo Irã como um agente conivente com os Estados Unidos, já que documentos secretos vazados pelo site WikiLeaks provavam que Amano prometera aos Estados Unidos "coordenar suas medidas com as autoridades norte-americanas" contra o Irã.

Em despacho de 10 de julho de 2009, Amano promete manter um comportamento "low profile" com relação ao Irã. O líder da delegação norte-americana na AIEA Geoffrey Pyatt ressalta que Amano "diferencia sua abordagem" da do ex-diretor da AIEA Mohammed el Baradei, acusado de ser leniente com Teerã.

Irão não fabricará armas nucleares

O líder religioso do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmouhoje  que seu país não busca desenvolver armas atômicas, como diz a propaganda dos Estados Unidos e da União Europeia.

Diante de uma plateia formada por cientistas nucleares do país, Khamenei afirmou que o país deseja “romper a supremacia baseada em armas atômicas” que as grandes potências ocidentais têm, mas o objetivo dos iranianos é desenvolver energia nuclear com fins pacíficos e que, para isso, os cientistas do país devem seguir “trabalhando seriamente”.

O país denuncia os serviços secretos de Israel e dos EUA pelo assassinato de cinco cientistas que trabalhavam no programa nuclear iraniano. Ao mesmo tempo que negam o envolvimento nos assasinatos, os dois países "garantem" que os iranianos desenvolvem um programa nuclear com fins bélicos.

A pressão dos Estados Unidos e seus satélites foi concretizada com a adoção de severas sanções aos iranianos nos últimos meses. Com o objetivo de atingir a produção de petróleo do Irã, o imperialismo fez com que a União Europeia aprovasse uma medida que põe fim aos contratos de importação do combustível do país a partir de 1º de julho, algo que prejudicará mais a economia europeia – particularmente a espanhola e a grega – que a iraniana.

Em resposta à medida de força, o Irã declarou que não exporta mais petróleo ao Reino Unido e à França.

Com agências