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Eurozona entrará em recessão em 2012

A economia da zona do euro segue em direção à segunda recessão em apenas três anos, enquanto a economia da União Europeia como um todo deve ficar estagnada. As projeções foram anunciadas nesta quinta-feira (23) pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), no seu novo relatório sobre as perspectivas para o bloco.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 países que compõem a eurozona deve cair 0,3% em 2012, segundo novas projeções. A previsão anterior previa um crescimento de 0,5%. A última recessão no bloco de países que compartilham o euro foi em 2009.

Já a previsão para a União Europeia, bloco composto por 27 Estados-membros, é de não registrar nenhum crescimento, segundo projeção da Comissão Europeia. A projeção anterior era de expansão de 0,6%.

Inflação se mostra persistente

Enquanto isso, a inflação tem se mostrado mais persistente do que o previsto, devido aos altos preços no setor de energia, além de aumentos em impostos indiretos.

A Comissão agora prevê uma inflação de 2,1% na zona do euro em 2012, e 2,3% na UE. As estimativas anteriores eram de inflação de 1,7% na zona do euro e 2,0% na UE.

Previsão por países

Nove dos 17 países da eurozona vão ver sua economia encolher, incluindo Espanha e Itália, com prognósticos piores que os previstos anteriormente, segundo as novas projeções.

De acordo com a Comissão Europeia (CE), a recessão na Grécia será maior que a prevista anteriormente, com uma queda de 4,4% do PIB, contra um recuo de 2,8% na estimativa inicial.

Assim, 2012, será o quinto ano de recessão consecutiva na Grécia. No ano passado, o PIB do país caiu 6,8%.

Na Itália, a contração será de 1,3% (-0,1% na previsão inicial). Na Espanha, a previsão é de um resultado negativo de 1,0% (+0,7% na previsao inicial).

A Comissão prevê que, após a recessão no início deste ano, uma retomada gradual na confiança de empresas e consumidores será observada no segundo semestre.

O crescimento econômico deve ser maior em países como Letônia, Lituânia e Polônia, e a contração será mais acentuada na Grécia e em Portugal. 

Fonte: Uol