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Pútin quer o desarmamento de todas as potências nucleares

O primeiro-ministro russo, Vladímir Pútin, convocou nesta sexta-feira todas as potências nucleares do mundo para que se envolvam no processo de desarmamento e negou a possibilidade de uma redução unilateral dos arsenais da Rússia.

Pútin considerou contraproducente continuar com o processo de redução e limitação de armas estratégicas de forma bilateral com os Estados Unidos, quando outros países atômicos, pelo contrário, se armam. "Isso não pode continuar assim", opinou.

O premiê russo assinalou ainda que as nações ocidentais desenvolvem os armamentos de precisão ou convencionais de uma potência comparável ao efeito das armas estratégicas. "Embora necessitemos de tais armas, nos apoiamos nas nucleares", apontou.

Ao falar em uma mesa redonda no Centro Nuclear de Sárov, Pútin pronunciou-se contra a probabilidade de ampliar o clube de estados em posse oficial de armas nucleares.

"Quero esclarecer uma coisa: Não vamos abandonar nada que nos faça falta, somente as coisas capazes de serem convertidas em um peso morto para nós, assinalou, ao rechaçar as demandas do ocidente de iniciar as negociações para eliminar as armas táticas nucleares.

Mesmo assim, advertiu que a Rússia possui "algo" que deve colocar o Ocidente a pensar e assumir uma posição mais construtiva ao discutir os assuntos da defesa antimíssil, em referência aos novos mísseis balísticos intercontinentais Topol-M, Yars e Bulavá

Nesse sentido, o chefe de governo considerou que há alguns anos no Ocidente se falava de "membros enferrujados" da Rússia, em alusão ao seu arsenal nuclear, mas nestes momentos, afirmou, a situação mudou drasticamente.

Por outro lado, Pútin defendeu a criação de um centro de análise ou de uma comissão para assuntos de defesa na presidência do país, com a finalidade de estudar os armamentos e doutrinas militares de maiores perspectivas.

Da mesma forma, estimou que o caça russo de quinta geração, o T-50, do qual já foram testados três protótipos, supera seus similares americanos.

Pútin negou as versões de um resfriamento maior das relações entre Moscou e Washington, embora tenha reconhecido a existência de diferenças profundas no que concerce ao sistema antimíssil dos dois países.

Ao referir-se à situação em torno da Síria e do Irã, assim como o que ocorreu no norte da África, o também candidato à presidência pelo Rússia Unida opinou que o ocidente deseja controlar a situação no Magreb, uma tarefa que ele chamou de difícil.

"Creio que é um assunto muito caro e, no fim, seria difícil que tais objetivos sejam alcançados.

Fonte Prensa Latina