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Aumenta confrontação entre candidatos à presidência na França

Os ataques entre os principais candidatos à presidência francesa, acima dos debates sobre as propostas de governo, empanam a contenda eleitoral quando faltam 55 dias para as eleições.

O tom da confrontação aumentou depois do anúncio oficial da candidatura à reeleição do presidente Nicolás Sarkozy, à frente da União por um Movimento Popular (UMP), de direita.

Durante sua primeira aparição pública como candidato, o presidente acusou seu principal rival, François Hollande, do Partido Socialista, de “mentir da manhã à noite". Hollande lidera as pesquisas.

Sarkozy também disse que é uma "demagogia extravagante" a proposta de Hollande de criar 60 mil novos postos de trabalho no setor da educação durante os próximos cinco anos.

Até o momento o candidato socialista tem evitado cair nas provocações verbais de seu adversário e se limita a denunciar o caráter agressivo do discurso da UMP e a "falta de elegância" do presidente.

Contudo, uma das porta-vozes de sua campanha, Najat Vallaud-Belkacem, arremeteu com dureza contra Sarkozy a quem qualificou de "produto de contrabando imaginado pelos cérebros da extrema direita".

Os ataques verbais também ocorrem a respeito de outros agrupamentos políticos.

O ministro do Interior, Claude Guéant, se envolver em um duro debate ideológico contra a ultradireitista Frente Nacional (FN), cujos dirigentes pediram sua demissão.

As desqualificações mútuas estão empanando a disputa e ameaçam substituir a apresentação de propostas sérias sobre os principais problemas da população francesa, sobretudo o desemprego, a carestia de vida e a crise econômica.

Até o momento os discursos agressivos não modificaram radicalmente as opiniões manifestadas nas pesquisas de opinião.

Uma sondagem publicada nesta terça-feira (28) indica que Hollande se mantém à frente da intenção de voto para o primeiro turno em 22 de abril, com 31,5 por cento, contra 27 por cento de Sarkozy.

Em terceiro lugar está Marine le Pen, da Frente Nacional, de extrema direita, com 16 pontos, em quarto lugar vem François Bayrou, do Movimento Democrático, com 11,5, e Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda, da qual participa o partido comunista, está em quinto lugar, com oito por cento.

A pesquisa sobre o eventual segundo turno previsto para 6 de maio, indica que Hollande venceria com 58 por cento dos votos.

Prensa Latina