AM: Enchente será tema de reunião entre Sepror e Mapa

O secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, terá audiência amanhã, dia 1º de março, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir que medidas o Governo Federal pode tomar para amenizar os prejuízos causados pela enchente no Estado. A reunião acontece às 9h, em Brasília.

Bezerra vai tentar buscar um seguro agrícola para os trabalhadores rurais, refinanciamento e perdão de dívidas para produtores que perderam mais de 50% de sua produção.
Um levantamento prévio dos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) aponta que pelo menos 30% da produção do estado será afetada pelas cheias dos rios.

Plantações de mandioca, milho, feijão, arroz, banana, frutas, malva e criação de animais foram as culturas mais afetadas até agora.

Em 2009, a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) retirou mais de 20 mil cabeças de gado do rio na região de Manacapuru, distribuiu sal mineral e ração para animais, também por causa da enchente.

O governador Omar Aziz afirmou na última terça-feira que o número de famílias atingidas pelas cheias deverá chegar a 30 mil, nas regiões do Purus e Juruá. Segundo ele, esse será o número de famílias que o Governo do Estado deve alcançar com o Cartão Amazonas Social, no valor de R$ 400.

Malva
A presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Produtores Rurais de Manacapuru LTDA (Coomapem) estima que a perda na produção de juta e malva chegue a até 40%. “Além de a água levar a plantação, estamos tendo que colher a fibra com 1,2 metros, sendo que o normal é com 3 metros”, explicou.

O Amazonas é o principal produtor de fibras do Estado, com produção anual de 12 mil toneladas.

Visita a ministérios
Além de reunião com o Mapa, às 10h30, Bezerra terá encontro no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) para tratar sobre recuperação de vicinais no Amazonas e às 15h com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Neste a pauta será a negociação do peixe seco produzido na indústria de bacalhau da Amazônia de Maraã. Além de bacalhau, a fábrica está apta a produzir pescado seco e salgado de várias espécies.

De Manaus,
Mariane Cruz