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Cuba aponta os desafios para democratizar a internet

Os desafios para que a internet se converta em um canal legítimo de comunicação, com livre expressão e órgão difusor dos direitos humanos, são enormes, declarou nesta quarta-feira (29) o delegado cubano Juan Antonio Quintanilla.

O diplomata expôs a opinião durante um painel sobre Liberdade de Expressão na Internet, durante a 19ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Disse também que a rede é uma ferramenta importante e desempenha um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento humano e, no entanto, seu acesso ainda é restrito, considerando uma população com milhões de pessoas analfabetas ou carentes de recursos materiais para contratar o serviço.

“A governabilidade da internet não é democrática, devido à oposição dos Estados Unidos, país que se coloca no direito de legislar sobre este canal de informação impondo medidas coercitivas unilaterais: “Entre as qauis se inclui o bloqueio genocida que impõem ao povo cubano”, acusou Quintanilla.

O delegado denunciou ainda que várias potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, estão destinando verbas enormes, por via pública ou clandestina, para acabar com o direito de soberania dos povos do Sul. O aporte financeiro visa, inclusive, desencadear “mudanças de regime”.
Em junho de 2012 – relatou – o jornal The New Yor Times reconheceu que a Casa Branca está à frente de um esforço global para criar uma internet paralela, ou seja, querem se apossar do meio e dos sistemas de telefonia móvel com o objetivo de “minar governos incômodos”.

Quintanilha recordou que em 21 de maio de 2010 foi ativado oficialmente o Cibercomando das Forças Armadas dos Estados Unidos, que tem entre suas missões levar a cabo uma grande variedade de operações ciberespaciais de natureza ofensiva.

“O direito à paz não está garantido na Internet. Não são os grupos terroristas nem os racistas e xenófabos os únicos potenciais agressores”, disse.

Acrescentou que a moral dupla e a hipocrisia das potências ocidentais com relação à liberdade de expressão na internet caíram por terra quando se descobriu a violenta repressão ao WikiLeaks: “Não são excepcionais os casos de censura ou bloqueio aos sites alternativos, inclusive, as mais duras sanções impostas a pessoas que brindam os internautas com informações de interesse público, pessoas movidas por suas consciências. O caso do recruta Bradley Manning é exemplar nesse sentido", declarou.

Christiane Marcondes com informações da Prensa Latina