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Oposição chilena propõe ato em solidariedade à Patagônia

Congressistas de partidos oposicionistas no Chile propuseram uma paralisação dos trabalhos do Poder Legislativo em rejeição à postura inflexível do governo frente ao Movimento Social da região de Aysén.

O deputado e presidente do Partido Comunista, Guillermo Teillier, disse que La Moneda tem somente colocado empecilhos e ampliado o conflito na zona da Patagônia.

Na opinião do parlamentar, a postura intransigente do Executivo demonstra que o interesse não está em solucionar os problemas, mas, sim, em ficar bem com a direita mais dura do país.

"Nós somos claros: se não há uma pronta solução, nós, como parlamentares comunistas, fazemos um chamado direto aos deputados e senadores de oposição para frear toda atividade legislativa no Congresso como um apoio direto a Aysén", afirmou Teillier.

Além disso, o senador e fundador do Movimento Amplo Social, Alejandro Navarro, considerou que a oposição deveria bloquear todos os projetos de lei que o governo enviar ao Parlamento.

“A única opção para que o governo dialogue e resolva o conflito é a paralisação legislativa”, afirmou.

Na opinião de Navarro, o governo, ao endurecer sua postura, deixou clara, novamente, sua nula capacidade para escutar a cidadania e sua disposição zero de solucionar os conflitos. Diante desta nova situação, a oposição deve respaldar a Aysén decididamente, com mais ação e menos discurso.

A decisão do Executivo de condicionar a resposta às demandas dos ayseninos ao fim da mobilização popular derivou em críticas de todos os setores políticos, inclusive vozes influentes da própria coalizão dirigente.

O vice-presidente da Renovação Nacional, Manuel José Ossandón, declarou que foi um erro político pôr o pé em cima do Movimento Social de Aysén. A lição deveria já ter sido aprendida após um ano de mobilizações, sublinhou o também deputado chileno.

"Se não existe uma política clara de descentralização, explodirão mais 100 manifestações", disse.

Fonte: Prensa Latina