Manifestantes da Patagônia chilena pedem retomada do diálogo
O Movimento Social de Aysén pediu ao governo chileno a retomada do diálogo para solucionar o conflito na região e, como gesto nessa direção, flexibilizou os bloqueios de estradas para os veículos particulares.
Publicado 05/03/2012 16:27
O porta-voz do movimento, Iván Fontes, informou que, em um novo sinal para La Moneda, serão abertas as estradas para os principais municípios a todos os automóveis menores e será assegurado o abastecimento a veículos de emergência e serviços básicos.
Ele destacou que a disposição dos ayseninos é de conversar e encontrar uma saída pela via dialogada e solicitou, em contrapartida, que o Executivo ofereça também gestos nesse sentido, sobretudo com relação ao subsídio dos combustíveis, ponto fundamental das reivindicações regionais.
"Na medida que o governo dê sinais de acolher positivamente nossas demandas no primeiro ponto dos combustíveis, muito importante para nós, como movimento, estamos disponíveis para gerar as condições efetivas que permitam restabelecer a mesa de trabalho", assinalou um comunicado lido por Fontes.
Esperamos, acrescentou a declaração, que o presidente Sebastián Piñera reconheça este esforço e confiamos em que não haverá problemas para que alguma autoridade nacional com plenos poderes resolutivos se reúna com a mesa diretiva do movimento social para avançar.
A respeito das preocupações expostas pelo sindicato empresarial em torno do desabastecimento de produtos essenciais na região, Fontes apontou que "os empresários estão preocupados com seu dinheiro e, em vez de se queixarem com o movimento, deveriam queixar-se com o governo", opinou o dirigente popular.
Segundo fontes oficiais, o governo analisará nesta segunda-feira se o ministro de Energia, Rodrigo Alvarez, retorna à localidade de conflito com o fim de restabelecer uma instância de diálogo e se concretiza a aplicação da criticada Lei de Segurança do Estado contra os manifestantes da Patagônia.
Fonte: Prensa Latina