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 Amorim evita alimentar polêmica com militares da reserva

 O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse acreditar no "profissionalismo" das Forças Armadas de hoje, ao comentar as reações de militares da reserva contrárias ao debate no governo sobre os crimes cometidos pela ditadura militar. Em entrevista no Senado, nesta terça-feira (6), ele lembrou que a Comissão da Verdade, que vai analisar violações de direitos humanos cometidas de 1946 a 1988, foi criada por uma lei aprovada pelos parlamentares.

 Amorim disse ainda que "não estou preocupado com questões de afronta. O importante é o respeito à autoridade civil", disse. "Da mesma maneira que respeitamos o profissionalismo dos militares, recriando condições de trabalho que estavam muito precárias, respeitamos a lei", disse o Ministro da Defesa.

"A Comissão da Verdade é lei. Temos que respeitá-la", disse, criticando o que considera "especulação infundada" sobre o assunto. E afirmou: "A lei será aplicada na integralidade na observância da Lei da Anistia", completou, referindo-se à lei dos anos 1970 que teria perdoado, na interpretação da Justiça, militares ou civis que cometeram crimes políticos.

"Não há porque essa inquietação por questões não colocadas. Isso foi pactuado. O governo respeitará o que foi pactuado", disse ainda, evitando mais comentários sobre as declarações dos oficiais da reserva. Ele informou que as reações estão sendo analisadas pelos comandantes das forças.

De Brasília
Com agências