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Ricardo Teixeira renuncia e é assunto mais comentado do Twitter 

Após uma sequência de denúncias sobre irregularidades nos 23 anos em que esteve à frente da Confederação Nacional de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira pediu demissão na manhã desta segunda-feira (11). Ele também deixou o COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014). 

Ricardo Teixeira durante evento em São Paulo/ Foto: Rubens Cavallari

Em carta, lida na manhã desta segunda-feira (11) no Rio pelo seu sucessor, José Maria Marin, ele diz que vai cuidar da saúde e ficar com sua família, mas se coloca à disposição para continuar colaborando com o futebol brasileiro. Resta saber quem o vai querer.

Desde o final do ano passado, internautas iniciaram a campanha #foraRicardoTeixeira no twitter. O assunto ficou entre os mais comentados do país. Até o momento, Ricardo Teixeira é o assunto mais comentado da rede no Brasil e o 7º mais comentado no mundo.

São várias as denúncias que Teixeira carrega nos ombros. A Fifa o acusa de estar envolvido no maior escândalo de sua história. O chamado dossiê da ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001, será avaliado pela Corte Federal da Suíça e tem documentos considerados comprometedores para Teixeira.

Histórico

Em 2000, Teixeira foi alvo de duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) no Congresso Nacional. Segundo o próprio Teixeira, o título da seleção no Mundial de 2002 serviu para lhe dar força e conseguir manter-se à frente da CBF.

Em 2011, ele chegou a dizer que “cagava montão” para as denúncias que seguiram sendo feitas contra ele.

Com os indícios de irregularidades, deputados começaram a cobrar explicações sobre a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O enriquecimento do mandatário desde que assumiu a direção da CBF chamou a atenção.

Carreira

Sua gestão também ficou marcada por parcerias milionárias (especialmente com a Nike), viradas de mesa no Campeonato Brasileiro, escândalos de arbitragem e CPIs no Congresso.

Apesar disso, sob seu mandato, a seleção brasileira venceu a Copa do Mundo duas vezes (1994 e 2002) e encerrou um jejum de 24 anos. Ainda conquistou por três vezes a Copa das Confederações e em cinco vezes levantou a taça da Copa América.

Sucessor

De acordo com o estatuto da CBF, a instituição será assumida pelo vice-presidente mais idoso. Assim, José Maria Marin, de 79 anos, será o novo dirigente.

Marin também já se complicou. Representante do Sudeste e ex-governador de São Paulo, o dirigente recentemente foi flagrado por câmeras de TV colocando no próprio bolso uma das medalhas da premiação do título da Copa São Paulo de juniores conquistado pelo Corinthians.

Da Redação do Vermelho, 
com informações da Folha de São Paulo e do R7