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Vaccarezza deixa a liderança do governo e demonstra mágoa

Ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff discursava no Senado em homenagem ao Dia da Mulher, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) formalizava sua saída da liderança do governo. Numa entrevista coletiva, Vaccarezza contou que conversou com a presidente Dilma Roussef ontem à noite e hoje pela manhã, quando a presidente explicou que quer fazer rodízio nas lideranças do governo na Câmara e no Senado.

Vaccarezza disse não saber quem será seu substituto. Manifestando mágoa, ele disse que sua troca poderá ocasionar "algum estremecimento" na base aliada diante de votações importantes, como o Código Florestal, a Lei da Copa e os royalties do petróleo. "Acho que pode ter algum estremecimento hoje, amanhã, porque os líderes têm uma relação forte comigo", afirmou o ex-líder, ao lembrar que tem bom trânsito e amizade com todos os líderes aliados e de oposição.

Ao mesmo tempo, Vaccarezza disse que encara com "naturalidade" sua saída da liderança do governo, mas confessou ter sido pego de surpresa ontem diante das informações da imprensa de que a presidente Dilma iria substituí-lo.

Ele contou que soube que iria deixar a liderança, quando Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, telefonou para convidá-lo a ir ao Planalto no final da tarde de ontem. Vaccarezza reclamou do vazamento da informação para a imprensa, antes dele ser avisado. "Não acho que essa foi uma boa conduta das pessoas que sabiam", afirmou.

Vaccarezza disse ainda que cancelou o almoço de hoje de líderes da base, na residência do deputado Jilmar Tatto (PT-SP). Segundo ele, como não há líder, não há motivo para a reunião. As reuniões de terça-feira da base aliada servem para definir a pauta de votações na semana e às
vezes contam com a participação da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

De Brasília
Com agências