Energia limpa se torna predominante nas áreas tibetanas
Gyatso é um dos inúmeros ex-nômades tibetanos que substituíram esterco e lenha por carvão depois de se estabelecerem no distrito de Xiahe, na Província de Gansu, noroeste da China.
Publicado 20/03/2012 16:47
No próximo inverno, ele nem precisará armazenar carvão, já que sua comunidade terá acesso ao gás liquefeito de petróleo (GLP) em outubro.
O GLP, a terceira categoria de energia limpa a se tornar predominante nas áreas tibetanas de Gansu depois do metano e da energia solar, fará a comunidade de Gyatso "mais verde", disse Mao Shengwu, alto funcionário do governo local na Sub-região Autônoma Tibetana de Gannan.
O projeto de 317,5 milhões de yuans (US$ 50,26 milhões), projetado para transmitir 80 milhões de metros cúbicos de gás anualmente, consiste em um gasoduto de 118 quilômetros conectando as cidades de Linxia e Hezuo, disse Mao.
O distrito de Xiahe sozinho terá 31 quilômetros do gasoduto que fornecerá 24 milhões de metros cúbicos de gás por ano, disse ele.
O projeto de gás de Gannan é parte de um gasoduto provincial iniciado em 2009.
Em um esforço para preservar a ecologia e melhorar o nível de vida da população, o governo chinês disponibilizou gás metano para as famílias tibetanas em suas casas na Província de Gansu em 2003 a fim de substituir esterco e lenha como os principais combustíveis domésticos.
Entre 2006 e 2010, o gás metano foi disponibilizado para quase 30 mil famílias, economizando pelo menos mil quilos de lenha equivalente por ano para cada família, disse Mao.
Em 2008, a sub-região de Gannan começou a construir fogões de energia solar para famílias e escolas rurais tibetanas.
O uso de energia limpa contribuiu para o meio ambiente local e elevou a eficiência, já que muitas famílias têm uma área de cultivo de vegetais, um curral e um tanque de fermentação de metano. O gás metano proveniente de excrementos de animais é utilizado como energia e os resíduos produzidos são usados como fertilizantes para vegetais e frutas.
Fonte: Xinhua