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Energia limpa se torna predominante nas áreas tibetanas

Gyatso é um dos inúmeros ex-nômades tibetanos que substituíram esterco e lenha por carvão depois de se estabelecerem no distrito de Xiahe, na Província de Gansu, noroeste da China.

No próximo inverno, ele nem precisará armazenar carvão, já que sua comunidade terá acesso ao gás liquefeito de petróleo (GLP) em outubro.

O GLP, a terceira categoria de energia limpa a se tornar predominante nas áreas tibetanas de Gansu depois do metano e da energia solar, fará a comunidade de Gyatso "mais verde", disse Mao Shengwu, alto funcionário do governo local na Sub-região Autônoma Tibetana de Gannan.

O projeto de 317,5 milhões de yuans (US$ 50,26 milhões), projetado para transmitir 80 milhões de metros cúbicos de gás anualmente, consiste em um gasoduto de 118 quilômetros conectando as cidades de Linxia e Hezuo, disse Mao.

O distrito de Xiahe sozinho terá 31 quilômetros do gasoduto que fornecerá 24 milhões de metros cúbicos de gás por ano, disse ele.

O projeto de gás de Gannan é parte de um gasoduto provincial iniciado em 2009.

Em um esforço para preservar a ecologia e melhorar o nível de vida da população, o governo chinês disponibilizou gás metano para as famílias tibetanas em suas casas na Província de Gansu em 2003 a fim de substituir esterco e lenha como os principais combustíveis domésticos.

Entre 2006 e 2010, o gás metano foi disponibilizado para quase 30 mil famílias, economizando pelo menos mil quilos de lenha equivalente por ano para cada família, disse Mao.

Em 2008, a sub-região de Gannan começou a construir fogões de energia solar para famílias e escolas rurais tibetanas.

O uso de energia limpa contribuiu para o meio ambiente local e elevou a eficiência, já que muitas famílias têm uma área de cultivo de vegetais, um curral e um tanque de fermentação de metano. O gás metano proveniente de excrementos de animais é utilizado como energia e os resíduos produzidos são usados como fertilizantes para vegetais e frutas.

Fonte: Xinhua