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Suspeito de ataque à escola judaica é morto na França

Policiais de Toulouse, na França, anunciaram nesta quinta (22) que o franco-argelino Mohamed Merah, de 24 anos, morreu durante ataque da força de elite francesa ao seu apartamento, cercado desde a véspera. Ele era suspeito de ter cometido o atentado a uma escola judaica na segunda-feira (19). 

A primeira informação foi a de que a polícia teria matado o suspeito, em uma troca de tiros. Depois, o ministro do Interior francês, Claude Guéant, disse em entrevista em Toulouse que Merah resistiu à prisão e que houve troca de tiros. Ele teria pulado da janela atirando e foi encontrado morto no chão.

O cerco ao redor do prédio onde ele morava durou mais de 30 horas. Merah era acusado de ter provocado as mortes de quatro pessoas na escola e de três militares. Na ação de hoje, pelo menos três policiais se feriram.

O suspeito foi morto no apartamento dele em Toulouse, cujo prédio foi cercado desde ontem (21). Os policiais atiraram contra o edifício e jogaram bombas na tentativa de fazer Merah se render. Porém, o suspeito teria dito que pretendia morrer armado.

Merah – nascido em Toulouse, de família argelina – disse pertencer à rede terrorista Al Qaeda. Ontem, o jovem disse que pretendia "morrer com armas em punho". O suspeito era observado há dois anos pelos serviços antiterrorismo da França, depois de ter viajado para o Paquistão e o Afeganistão. Ele também tinha 15 passagens pela polícia por pequenos delitos como roubo e agressões.

O suspeito teria atirado, esta semana, contra a escola judaica Ozar Hatorah, em Toulouse, no Sudoeste de França, matando três crianças e um professor que também era rabino. O caso chocou a França e o mundo. O governo de Israel exigiu providências. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, tentou agir rapidamente condenando os atos terroristas no país.

Repressão

Sarkozy anunciou que o terrorismo será reprimido de maneira ainda mais rígida na França através de uma nova lei que "será aprovada". Ele emitiu um pronunciamento após a morte do atirador.

Sarkozy afirmou que a lei vai defender "implacavelmente os valores da República da França" e punir qualquer pessoa que acessar sites terroristas ou que expressar online simpatia por terroristas. Ele também afirmou que pessoas que viajarem ao exterior para serem doutrinadas por grupos terroristas, como teria sido o caso de Mohammed Merah, serão punidas.

O presidente francês afirmou que tudo foi feito para que o atirador fosse levado à Justiça, mas que isto não foi possível no fim. Ele também afirmou que a polícia francesa está apurando se ele tinha algum cúmplice e que ordenou que seja investigado se doutrinas radicais islâmicas estão sendo propagadas em prisões francesas.

"Nossas prisões não devem se tornar centros para lavagem cerebral", disse. "A França não vai tolerar o recrutamento forçado ou o doutrinamento ideológico em seu solo", concluiu.

Com agências