Em Miami, elogiar Fidel pode te fazer perder o emprego
No “democrático” Estados Unidos da América, onde se diz que vigora a liberdade de expressão e o livre pensar, o treinador venezuelano Ozzie Guillen foi suspenso por cinco jogos pela direção do seu time, o Miami Marlins, que disputa a MLB, a liga de beisebol profissional dos Estados Unidos, após dar declarações elogiosas ao líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Publicado 11/04/2012 17:26

Guillen, em entrevista à revista Time publicada na segunda-feira (9), declarou: "Eu amo Fidel Castro". E disse ainda: "Eu respeito Fidel Castro. Sabe por quê? Um monte de gente tentou matá-lo nos últimos 60 anos, e ele continua lá”.
Acontece que a declaração contraria a política do time, que tem como objetivo principal “atrair o público latino de Miami”. Em Miami encontra-se a dissidência cubana e máfia, que faz oposição ferrenha ao regime socialista da Ilha. De acordo com as agências de notícias, o estádio do Marlins, fica em um bairro da cidade conhecido como Little Havana (pequena Havana), devido à grande quantidade de cubanos na região.
Guillen foi obrigado a se retratar diversas vezes: “estou aqui de joelhos, pedindo perdão a todas as comunidades latino-americanas”, afirmou durante coletiva de imprensa em Miami. Ele reiterou que os últimos dias foram “muito difíceis” e pediu desculpas “pelo que falei e por colocar as pessoas em uma situação na qual não precisavam estar”.
Pobre Guillen. Cometeu o maior dos pecados: foi falar bem de Fidel em Miami. Pagará com humilhação e exposição pública.
Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva