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Pará: denúncia de corrupção tira aliados de Jader do Incra

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lacerda, exonerou nesta terça-feira (10) o superintendente regional do órgão em Santarém (PA), Francisco dos Santos Carneiro.

A resolução, publicada no Diário Oficial, não explica a razão do afastamento do executivo, indicado pelo PMDB. Segundo assessores da instituição, a decisão está ligada a denúncias de corrupção, envolvendo desvio de verbas destinadas aos trabalhadores assentados.

Segundo informações da imprensa do Pará, a superintendência, que será temporariamente dirigida pelo servidor Hugo Lima, tem sido alvo de constantes denúncias de irregularidades.

A imprensa local também noticiou que antes de Francisco Santos Carneiro, os funcionários do Incra Adalberto Anequino e Luiz Bacelar também foram exonerados por suspeita de corrupção. Os três apresentam ligações estreitas com o senador Jader Barbalho, do (PMDB-PA).

Para os funcionários do Incra, as sucessivas denúncias de corrupção envolvendo superintendentes devem-se às indicações de caráter político. "Uma verdadera colonização no Estado". 

Em entrevista, Reginaldo Aguiar, diretor da Confederação de Associações de Servidores do Incra, salientou a urgência de se intensificar a fiscalização no interior das instâncias do Estado. Segundo ele, "com essa ocupação política dos cargos públicos, quem perde são os assentados, os servidores, os cidadãos e o Incra".

Operação

Para cada assentado, o Incra destina recursos iniciais de R$ 15 mil, usados sobretudo na construção de moradias. A liberação do dinheiro é feita pelos bancos para as empresas prestadoras de serviços, mediante a apresentação de notas fiscais avalizadas pelo superintendente regional.

Segundo as denúncias, os bancos de Santarém estariam pagando por serviços não prestados. O presidente solicitou ao superintendente a instalação de um processo para a apuração das irregularidades.

Com agências