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China tem superávit no comércio exterior no primeiro trimestre

De acordo com dados publicados na quarta-feira (10) pela Alfândega chinesa, o valor do comércio exterior da China no primeiro trimestre foi de 859 bilhões de dólares, um aumento de 7,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. A balança comercial ficou favorável em US$ 670 milhões.

Analistas atribuíram o balanço ao crescimento dos mercados emergentes. Ao mesmo tempo, a demanda interna continua em queda. No longo prazo, especialistas prevêem que a exportação chinesa deste ano vai registrar um aumento de 10%, graças à influência da política nacional e à situação econômica mundial.

Em março, o balanço favorável foi de 5,35 bilhões de dólares, retornando à situação de superávit registrado nos primeiros dois meses, com US$ 4,25 bilhões. A diretora do Instituto de Economia Mundial da Academia Chinesa de Relações Internacionais Contemporâneas, Chen Fengying, pensa que o bom desempenho dos mercados emergentes é um dos fatores importantes para a realização do balanço favorável:

"Tivemos um grande balanço favorável em março, visto que o crescimento da importação esteve mais lento que o da exportação. Vimos que o mercado internacional está melhor do que nossa previsão. Embora a exportação para o Japão e Europa continue registrando queda, os negócios com os Estados Unidos registraram um aumento rápido, assim como com a Índia e Rússia. Pelo bom desempenho dos mercados emergentes, temos o balanço favorável."

No primeiro trimestre, o comercio bilateral entre a China e Rússia atingiu 21,5 bilhões de dólares, crescendo 33%. Já com o Brasil, os negócios somaram 18 bilhões de dólares, um aumento de 11,5%.

Simultaneamente, a importação chinesa em março só aumentou em 5,3%, bem menos que os 9,3% previstos. O crescimento em fevereiro havia sido de 39%. Neste sentido, Chen Fengying apontou que o aumento da importação em janeiro e fevereiro é atribuído ao consumo de festas na China, enquanto o mau desempenho em março mostra o mau momento do mercado doméstico.

" O baixo crescimento da importação mostra que o mercado doméstico é ruim, o que é refletido em duas necessidades: uma é investimento e outra, consumo. Agora as micro-empresas encontram muitas dificuldades no investimento. Por outro lado, nos primeiros dois meses houve duas festas, Ano Novo e Ano Novo Chinês, que estimularam o consumo e a importação. Por isso, registramos um superávit em janeiro e fevereiro."

Para Chen Fengying, o crescimento do comércio exterior no primeiro trimestre é razoável. Ela prevê que o comercio exterior da China vai manter uma expansão reduzida, mas com o aumento de 10% na exportação.

"O comércio exterior este ano vai registrar um aumento limitado, definido pela economia doméstica e externa. Como a economia mundial está melhor do que previmos há meio ano, o crescimento vai ser de 10% ou mais. Se a China aliviar a política monetária, a importação do segundo semestre vai ser ampliada", observou.

Fonte: Rádio Internacional da China