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Iranianos viajam a Istambul para iniciar as conversas com G5+1

Uma delegação iraniana viajou nesta sexta-feira (13) à Turquia para iniciar as conversas com o G5+1 (cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha) a respeito de seu programa nuclear. A viagem foi confirmada pelo governo iraniano, que destacou a necessidade de se prosseguir com as negociações.

Porta-vozes da chancelaria e da OEAI (Organização de Energia Atômica do Irã) assinalaram que a comitiva dirigida por Saeed Jalili, secretário do CSSN (Conselho Supremo de Segurança Nacional), já chegou à cidade turca de Istambul, onde as conversas deverão ocorrer neste sábado (14).

Jalili e outros três representantes iranianos conversarão com autoridades do chamado Grupo 5+1 a respeito da igualdade, respeito mútuo e das negociações sem pressões ou chantagens entre o país e os membros do grupo sobre o programa nuclear do Irã, apontaram meios oficiais.

O diálogo, insistiu a agência de notícias IRNA, será multifacético e não será centrado unicamente nas atividades nucleares do Irã, as quais o Ocidente alega que perseguem propósitos militares, apesar de reiteradas negações de Teerã.

Ao comentar o encontro de Istambul, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou nesta quinta-feira (12) que seu país está determinado a preservar o que considera seus direitos fundamentais, "inclusive sob as mais duras e severas pressões".

Dirigindo-se aos interlocutores dos Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha, o presidente persa sublinhou, na província de Hormuzgan, que o Irã "nunca renunciará a seus direitos legítimos, sob nenhuma circunstância e apesar das sanções unilaterais".

Nesse sentido, urgiu às que chamou potências arrogantes a "corrigir seu tratamento recordando que o povo iraniano está firme na defesa de seus direitos" e anunciou que "desmascarará no momento preciso" a lista de erros do Ocidente com relação ao Irã.

A deputada Zohreh Elahian, do comitê de política exterior e segurança nacional do Majlis (parlamento persa), considerou que já é tempo dos países ocidentais encerarrem o caso nuclear iraniano.

Elahian recordou que o Ocidente investigou durante anos as atividades do Irã, realizou o maior número de inspeções às suas plantas atômicas e "não ocorreu um só caso de violação nem se encontrou nenhum documento que comprovasse as suspeitas de fins militares".

Por sua vez, o também legislador Gholam-Ali Haddad-Adel descartou que em Istambul será realizada algum tipo de negociação bilateral entre Irã e Estados Unidos, país com o qual o diálogo dentro do G5+1 é considerado "uma exceção".

Fonte: Opera Mundi