Consenso progressivo da oposição para vencer atraso em São Luís
Em entrevista ao Portal Vermelho, Márcio Jerry afirma que PCdoB nacional é solidário às decisões e articulações maranhenses
Publicado 23/04/2012 13:19 | Editado 04/03/2020 16:47

A dois meses da data limite para definição das candidaturas oficiais, o presidente do PCdoB de São Luís, Márcio Jerry, avalia que o momento é favorável para o campo de oposição na capital, eleitoral e politicamente.
Em contato com pelo menos oito partidos em toda a São Luís, o partido busca consenso entre todas as siglas para que se possa traças a melhor estratégia para 2012, com vistas às eleições de 2014.
Vermelho – Hoje, o PCdoB é a principal peça no jogo político na capital maranhense, mas passa por um problema de ordem pessoal de seu principal representante, Flávio Dino. Como o partido pretende encarar o desafio de se articular interna e externamente sem ele?
Márcio Jerry – O PCdoB São Luís tem mantido seu protagonismo político, articulando uma coalizão político-partidária para apresentar uma alternativa nas eleições de outubro capaz de vencer e reforçar o campo da mudança e da renovação. Temos quatro bons pré-candidatos que conversam com oito partidos políticos. Acreditamos na unidade desse campo e em sua viabilidade eleitoral.
Todos os partidos que compõem hoje a oposição a Roseana Sarney (PMDB) e João Castelo (PSDB) estão unidos ao PCdoB e cada um deles possui um pré-candidato à disposição. Quais elementos serão definitivos na escolha da melhor opção para todo o grupo?
Então, estamos conversando muito para alinhavar pontos de convergência, critérios e um método de escolha daquele nome que nos representará no pleito. A escolha passa pela construção de um consenso progressivo que leve em conta o projeto eleitoral de 2014 e as condições necessárias para vencer agora em 2012.
Como o PCdoB pensa em garantir que as alianças realizadas com outras siglas em 2012 permaneçam fortes até 2014, ano das disputas estaduais, em que o PCdoB deverá continuar sendo fundamental?
Acreditamos na consolidação de um pólo político que nos une aos movimentos sociais, à maioria do PT, ao PDT, PSB, PPS, PRTB, PP, PTC e até mesmo o PSDB em 2014. Defendemos uma frente ampla para ganharmos as eleições de 2014, pondo fim a esse ciclo de atraso que já dura quase 5 décadas.
Com o impedimento pessoal de Flávio Dino neste momento, quem comanda as articulações?
A direção do PCdoB tem muita qualidade política, integrada que é por lideranças experientes e de grande credibilidade. O comando é do presidente estadual, camarada Oliveira, do nosso secretário de organização estadual, Gérson Pinheiro, do deputado estadual Rubens Júnior e da direção municipal de São Luís, a qual presido.
Qual o posicionamento do partido nacionalmente sobre a disputa eleitoral em São Luís, diante de todas essas variáveis?
A direção nacional é solidária com tudo aquilo que temos realizado aqui. Isso aconteceu em 2008, 2010 e continua acontecendo agora em 2012.
Existe data para definir quem será o candidato do grupo de oposição? O que falta para que essa escolha aconteça?
Data precisa não existe, mas creio que estamos chegando a ela. E o que falta é acumularmos mais debate, chegarmos a mais pontos de convergência e dessa forma escolhermos o nome e um programa de mudança e renovação em nossa cidade.
Da Redação / Maranhão