Cuba e China repassam a história de seus vínculos

A histórica presença chinesa em Cuba foi ressaltada nesta terça-feira (24) em Pequim como base importante das relações bilaterais, que nos próximos dias viverão um momento alto com a presença do Balé Nacional de Cuba na China.

Temas associados à origem destes vínculos e sua atualidade foram abordados pelo embaixador Alberto Blanco em uma conversação intitulada "Uma grande amizade", por motivo da celebração este ano do 165º aniversário da citada presença na nação caribenha.

Na ocasião se recordou que numerosos emigrados deste país asiático se somaram às lutas pela independência de Cuba no século 19, com uma contribuição resumida na frase "Não houve um chinês-cubano desertor, não houve um chinês-cubano traidor".

Ao referir-se às marcas deixadas pela cultura antiga na outra, o diplomata mencionou danças folclóricas e o teatro tradicional, a vigência do mandarim entre descendentes chineses e um crescente número de jovens cubanos, assim como a prática das artes marciais.

Também frases no jargão popular como "nem um médico chinês de salva", em reconhecimento ao elevado nível da medicina tradicional deste país e ao rigor profissional de seus médicos.

Da etapa das relações entre a República Popular da China e Cuba, iniciadas em setembro de 1960, se evocou o apoio e a cooperação do gigante asiático para impulsionar tarefas da Revolução como a
campanha de alfabetização.

Nesta conversação falou-se também de comércio, turismo e cooperação, entre outros temas.

Destacou-se a amplitude da cooperação na biotecnologia, com duas empresas mistas radicadas na China, e a presença de 1.400 jovens deste país na ilha, onde recebem formação profissional, 600 deles em Medicina.

O embaixador assegurou que as relações bilaterais se encontram em seu melhor momento histórico sobre a base do respeito mútuo e o intercâmbio de experiências no processo de construção do socialismo de acordo com as características de cada nação.

A este encontro assistiram, entre outros, representantes do Ministério da Cultura, da Associação de Estudantes Regressados do Ocidente, acadêmicos, diplomatas de nações latino-americanas e estudantes. Com a projeção de fragmentos de um documentário sobre a Revolução cubana e seu líder, Fidel Castro, do prestigioso cineasta Chu Jiahua, encerrou esta conversação realizada em um salão do Centro Nacional para as Artes Cênicas.

Na sala principal desse teatro o Balé Nacional de Cuba inaugurará no próximo sábado o Festival de Artes de Pequim com O Lago dos Cisnes, no início de um giro que continuará em Shangai e Guangzhou, capital da província de Cantão, até 9 de maio.

Prensa Latina