Transporte terá investimento de R$ 32 bi via PAC2

Falta de recursos e dificuldade na construção. Essas são duas barreiras enfrentadas pelos governos de estado para a construção de metrôs. Para a primeira, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (24) projetos selecionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a área de mobilidade urbana nas grandes cidades, como Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Somente o governo federal vai injetar R$ 22 bilhões. No total, serão R$ 32 bi em investimentos.


foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O restante do valor vem da contrapartida de municípios e estados, que será utilizado para a construção de vias e estações de metrô e de veículos leves sobre trilhos (VLTs), além de corredores de ônibus. Entre as obras previstas estão a construção de mais de 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, pelo menos 380 estações e terminais para esse tipo de transporte, além de 200 km de linhas de metrô e da aquisição de mais de 1.000 veículos sobre trilhos.

A cidade de São Paulo foi contemplada com três projetos: o Corredor Capão Redondo, Campo Limpo, Vila Sonia; o Corredor de ônibus Inajar de Souza, ambos da prefeitura, no valor de R$ 2,8 bilhões; e a linha 18-bronze de trem monotrilho que interligará São Bernardo do Campo a São Paulo, do governo do estado, no valor R$ 334 milhões.

No total, serão beneficiados 51 municípios em 18 Estados. Com isso, o alcance previsto pelo governo federal é 53 milhões de brasileiros. O prazo para a entrega dos projetos finalizados por estados e municípios é 18 meses a partir da publicação da seleção das propostas no Diário Oficial da União.

Durante o anúncio do repasse, Dilma falou da necessidade do Brasil em investir em transporte de massa de qualidade para beneficiar a população, especialmente a de baixa renda, principal usuária do transporte coletivo.

“O Brasil tem que investir em metrô. Antes, as cidades não tinham condições de fazer isso porque era muito caro. Hoje, os governadores têm enorme dificuldade para construir metrôs com a cidade funcionando. É um duplo desafio”, disse. "Além disso, temos que olhar pelo lado sustentável, garantir menos tempo de vida a ser perdido pelas pessoas em um transporte de menor custo e de melhor adequação ao meio ambiente.”

O ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro falou sobre a geração de emprego nos canteiros de obras que vão surgir, o que ele chamou de “matemática humana do projeto”.
“Mas, além do novo traçado urbano, vamos deixar um legado muito importante se considerarmos que hoje os brasileiros ficam quatro horas por dia no trajeto casa-trabalho."

Confira a lista completa das cidades beneficiadas aqui

da redação com Blog do Planalto