Sarkozy quer conquistar fascistas franceses para reverter derrota

Mesmo fora da campanha para as presidenciais francesas, a extrema-direita continua a dominar o debate entre os dois candidatos. O atual presidente e candidato à reeleição, Nicolás Sarkozy, reafirmou nesta quarta-feira (25) que o partido fascista Frente Nacional é compatível com a república, mesmo rejeitando qualquer acordo pós-eleitoral em caso de vitória.

“Não haverá qualquer acordo com a Frente Nacional, não haverá ministros da Frente Nacional, mas recuso-me a diabolizar os homens e mulheres que, ao votarem Marine Le Pen, exprimiram um voto de crise, um voto de cólera, um voto de sofrimento, um voto de desespero que terei em conta durante a minha campanha”.

Na outra ponta, François Hollande recusa-se não só a convidar a Frente Nacional para seu governo como também rejeita os 18% de eleitorado de Marine Le Pen, embora concorde com a fascista no que toca aos temas da segurança e controle da imigração e fronteiras.

O candidato social-democrata do Partido Socialista voltou ontem a reafirmar-se como uma "força de mudança", tanto em França como a nível europeu, ao garantir que vai renegociar o tratado orçamental europeu, “para evitar uma austeridade indefinida e garantir o crescimento, uma atividade que possa fazer com que a Europa tenha uma perspetiva de futuro”.

Os dois candidatos participaram ontem de uma cerimônia de memória do genocídio armênio, em Paris, sem nunca se cruzarem.

O primeiro e único embate frente a frente está agendado para dia 2 de maio, depois de um 1º de maio que promete ser tenso entre um comício de Sarkozy em defesa do trabalho e os tradicionais desfiles sindicais.

Com informações da agência Euronews