Novo conceito de estádios garante uso após a Copa do Mundo 

A Copa do Mundo de 2014 não se realizou e as autoridades já demonstram preocupação com o uso dos estádios que estão sendo construídos e reformados para os jogos do mundial. Esse foi o assunto do Seminário Brasil Pós-Copa 2014: Legado e Gestão dos Estádios, promovida, nesta quarta-feira (16), na Comissão de Turismo da Câmara. 

O diretor-executivo de operações do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Trade, afirmou que outros eventos, como shows, poderão ser realizados nos estádios das 12 cidades-sede após a Copa. Segundo Trade, o conceito que está sendo usado pela Fifa é de que o estádio seja uma “arena multiuso”.

O conceito envolve acesso fácil por meio do transporte público, facilidade para compra de ingresso, espaços de alimentação, conforto e opções de lazer, como visita à sala de troféus, locais para compra de souvenis e tours de visitação em dias sem jogo.

“Com esses novos estádios multifuncionais, mais eventos – e não apenas jogos – poderão ser levados para as cidades, gerando mais receita para o próprio futebol”, destacou.

Ele explicou que a ideia é que os vestiários e camarins sejam preparados para receber os “artistas” dos espetáculos, sejam eles jogadores ou cantores. Além disso, o objetivo é que os estádios contem com salas de imprensa bem equipadas.

Criatividade brasileira

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, as estruturas construídas na Copa, como estádios, portos e aeroportos, poderão alavancar o desenvolvimento do Brasil no período após o evento.

Para Fernandes, a Copa também poderá potencializar a criatividade dos brasileiros para gerar novos negócios no País. Ele disse que a colaboração entre Poder Executivo, Poder Judiciário, órgãos de controle e Poder Legislativo poderá garantir que o legado da Copa seja efetivo para o Brasil.

O seminário foi proposto pelos deputados José Rocha (PR-BA) e Romário (PSB-RJ), preocupados com o que acontecerá com os estádios das 12 cidades-sedes após a realização da Copa do Mundo de 2014. Rocha disse que a preocupação maior é com estados com pouca tradição no futebol, como Distrito Federal e Amazonas. Segundo ele, em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul, os estádios já são muito utilizados.

De Brasília
Com Agência Câmara