Publicado 18/05/2012 16:48 | Editado 04/03/2020 16:49
“Sou daquela geração dos que foram presos, dos que perderam seus companheiros. E, exatamente por partilhar desse processo, me senti completamente homenageada” Jô Moraes – deputada federal
Na cerimônia a presidente se emocionou ao falar do sentimento dos familiares e amigos dos mortos e desaparecidos políticos e justificou o propósito da iniciativa: “Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o revanchismo, o ódio, ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu. Mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamento, sem camuflagem, vetos, sem proibições”, disse.
Para Dilma Rousseff “sobretudo merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes, e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que se existem filhos sem pai, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos. Nunca, nunca mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz a história são homens e mulheres livres que não têm medo de escrevê-la."
Discurso
Aqui, a íntegra do pronunciamento da deputada federal Jô Moraes:
Sou daquela geração dos que foram presos, dos que perderam seus companheiros. E, exatamente por partilhar desse processo, me senti completamente homenageada. E, neste momento, homenageio aqueles que deram a sua própria vida para que o Brasil vivenciasse o seu encontro com a verdade.”