Blatter: futebol perde essência nas decisões por pênaltis

As opiniões do presidente da Fifa sobre a disputa de penalidades tirou o foco das discussões sobre as reformas iniciadas pela entidade em seu congresso anual, encerrado nesta quinta-feira em Budapeste, na Hungria. Mas mudanças visam dar maior transparência a entidade, envolvida recentemente em várias denúncias de corrupção.

Embora tenha destacado que não é contra os pênaltis, o dirigente afirmou que o futebol "deve ser um esporte de equipe até o final", lamentando que a forma de disputa o transforme em uma modalidade individual.

"O futebol pode ser uma tragédia quando vai para os pênaltis", afirmou o presidente da Fifa. Blatter ainda pediu uma ajuda a uma lenda do futebol para encontrar uma alternativa. "Talvez Franz Beckenbauer, com seu grupo de trabalho Futebol 2014 pode nos dar uma solução, talvez não para hoje, mas para o futuro", sugeriu.

O grupo comandado pelo alemão foi criado para sugerir mudanças nas regras do futebol, para aperfeiçoá-lo.

Depois do discurso do presidente da Fifa, o presidente de honra do Bayern de Munique falou pouco, mas surpreendentemente não tocou no assunto sobre as cobranças de pênaltis. Contudo, fez um comentário dirigido a Blatter: "O presidente está hoje de bom humor".

Na Copa de 98, na França, foi instituído o "gol de ouro", regra que acabava com a prorrogação logo que uma das equipes balançasse as redes. O sistema durou até o fim da da Copa de 2002, no Japão e Coreia do Sul. O fim do "gol de ouro" aconteceu porque as equipes passaram a jogar muito defensivamente.

No passado, o próprio Beckenbauer qualificou "o gol de ouro" como a fórmula mais estúpida que alguém poderia ter inventado.

Fonte: Portal Copa 2014