Silêncio de Demóstenes é visto como indício de culpa

O silêncio do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) na CPI mista que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados gerou indignação e discussão entre os parlamentares que integram a comissão.

Apesar do anúncio de que Demóstenes não falaria na CPMI — exercendo o direito constitucional de permanecer em silêncio —, a atitude foi classificada de hipócrita pelo deputado Silvio Costa (PTB-PE). Ele disse que Demóstenes terá seu mandato de senador cassado.

“O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Seu silêncio escreve em letras garrafais: eu Demóstenes Torres sou sim membro da quadrilha de Cachoeira. Eu, Demóstenes Torres, sou sim o braço legislativo da quadrilha de Cachoeira”, criticou.

O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), também recriminou a decisão do senador de falar exclusivamente ao Conselho de Ética e reafirmou que o silêncio é um indício de culpa. “O silêncio de vossa excelência não é o silêncio dos inocentes”, assinalou Odair.

Depoimento dos governadores

Ao abrir a reunião da CPMI o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), será ouvido no próximo dia 12 de junho. Já o depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), está marcado para o dia seguinte, 13 de junho. A convocação de ambos foi aprovada nesta quarta-feira (30).

Informações da Agência Senado