Renato Rabelo: Projetar nacionalmente as lideranças do PCdoB 

Representantes das Secretarias estaduais de Comunicação do PCdoB, assessores de imprensa de parlamentares do Partido de 22 estados brasileiros e jornalistas que atuam na imprensa partidária compareceram neste sábado (2), ao segundo dia de debates do Seminário Nacional de Comunicação e Mídia, em São Paulo.

Por Mariana Viel

renato e zé - comunicação - Fernando Udo

O secretário nacional de Comunicação do PCdoB e editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, abriu a mesa de debates reforçando que as campanhas municipais deste ano representam uma grande batalha política, na qual o que está em jogo é o bem-estar das cidades em todo o país.

“As eleições são um momento para o debate dos problemas das cidades. Os candidatos devem ir ao encontro do povo com propostas mobilizadoras e viáveis”. José Reinaldo falou da importância da realização de uma “campanha militante – fazendo política ao lado das forças progressistas e do povo brasileiro”.

O secretário nacional lembrou ainda que a disputa eleitoral é também um momento propício para os comunistas passarem em revista a luta de ideias e intensificarem a difusão do Programa Socialista do Partido – aprovado durante o 12º Congresso. “Nosso Programa, viável e exequível, aponta caminhos e rumos”.

Em seguida, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez uma importante análise do cenário político atual. Segundo o dirigente nacional, as eleições municipais têm uma grande relevância para o Partido, pois possibilitam a projeção de múltiplas lideranças do PCdoB – que vão se tornando ainda mais conhecidas do povo. “Nossa visão hoje é de que devemos ter centenas e milhares de lideranças”. Ele explicou que a cada eleição cresce significativamente o número de municípios onde o Partido se organiza. O comitê municipal organizado e com uma base militante forte é o alicerce da construção do Partido, disse.

O dirigente nacional fez ainda uma análise do atual cenário de crise mundial e seu reflexo no Brasil. Ele falou dos grandes desafios que a presidente Dilma Rousseff enfrenta e do papel do PCdoB para impulsionar as mudanças promovidas pelo governo. Ressaltou ainda a necessidade de maiores investimentos para um desenvolvimento mais duradouro. “Devemos elevar nossa taxa de investimento além dos 20% do PIB, o que nunca conseguimos fazer. Sem isso não será possível a distribuição de renda e salários dignos. Sem investimentos a indústria não tem base para o seu desenvolvimento”.

O projeto eleitoral do Partido nas eleições deste ano mostra uma acumulação maior em relação às disputas de 2008. Segundo Renato, o PCdoB deverá disputar majoritariamente a Prefeitura em sete capitais brasileiras, três delas com possibilidade objetivas de chegar ao segundo turno – com Manuela d’Ávila (Porto Alegre), Ângela Albino (Florianópolis) e Inácio Arruda (Fortaleza). Ele lembrou ainda o crescimento das candidaturas de Alice Portugal (Salvador), Isaura Lemos (Goiânia), Evandro Milhomem (Macapá), Jeferson Passos (Aracajú), além da importante candidatura de Netinho de Paula, em São Paulo.

Ainda de acordo com o dirigente nacional o Partido terá chapas próprias para vereadores nas principais capitais brasileiras. A participação do PCdoB nas eleições municipais em cerca de 30 cidades médias, com grandes possibilidades de vitória, também foi destacada. Ele citou as candidaturas de Carlin Moura (Contagem-MG), do deputado estadual Pedro Bigardi (Jundiaí-SP), Chico Brasileiro (Foz do Iguaçu-PR) e Assis Melo (Caxias Rio Grande do Sul). Também falou da reeleição de Renildo Calheiros em Olinda – que há 12 anos é administrada pelo PCdoB.

Renato encerrou sua participação no seminário reforçando, mais uma vez, a necessidade de o Partido projetar suas lideranças nacionalmente, para que fique ainda mais conhecido do povo. “O PCdoB precisa aparecer mais. Devemos ter nossa fisionomia apresentada para o povo – participando plenamente dos embates políticos e das grandes batalhas eleitorais”.