A Terra está à beira de um colpaso, dizem cientistas

A ONU e um grupo internacional de cientistas divulgaram, nesta quarta-feira (6), duas pesquisas diferentes – e alarmantes – sobre o meio ambiente e a vida na Terra.

Lixo, poluição, desmatamento. Quase a metade da terra disponível no planeta é usada para a agricultura ou ocupada por cidades. O crescimento populacional pressiona a procura por espaço. A queima de combustível aumenta a temperatura do globo e altera também a química dos oceanos, afetando a vida marinha.

Um relatório das Nações Unidas, divulgado nesta quarta-feira (6), alerta que as mudanças feitas pelo homem no meio ambiente estão causando estragos irreversíveis no planeta. Uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, a Nature, publicou um estudo internacional ainda mais preocupante: estamos a poucas gerações de mudar drasticamente as condições de vida na Terra.

O professor Anthony Barnosky, o principal autor do estudo, explica que quando 50% de uma determinada área são alterados, animais e plantas correm risco de extinção. Em várias regiões, estamos perto desse ponto. Se nada for feito até o fim deste século, ele diz, a Terra deverá ser um lugar bem diferente, muito mais difícil de viver.

Os pesquisadores consideram possível reverter a situação, mas é necessário frear o incremento populacional, reduzir o uso de energia em países do primeiro mundo e optar pelas sustentáveis, empregar os recursos de forma mais racional e tentar proteger as zonas virgens da Terra.

“O encontro da Rio+20 é uma grande oportunidade para mudar isso”, afirma o professor.
Nesta quarta (6), em Nova York, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu empenho aos líderes mundiais para que a conferência no Rio de Janeiro, que começa daqui a uma semana, traga resultados.

"Não podemos perder essa chance para que os países se comprometam com metas que garantam um crescimento sustentado", disse ele.

Com Jornal Nacional e Prensa Latina