Medicos dizem que Mubarak estaria em coma após trombose

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se encontra em coma desde a noite de terça (19), após sofrer uma trombose cerebral, informaram nesta quarta (20) fontes médicas que o acompanharam em sua transferência do hospital da prisão de Tora a um centro médico do Exército. Nas últimas horas, circularam notícias conflitantes sobre a saúde de Mubarak. Algumas davam conta de que ele estaria clinicamente morto.

As fontes explicaram que o ex-mandatário, de 84 anos, ainda está em coma porque os médicos não conseguiram dissolver o coágulo existente em seu cérebro, e não descartaram uma cirurgia a qualquer momento para extraí-lo.

Segundo as fontes, Mubarak foi transferido ontem do hospital militar de Maadi, no Cairo, porque o centro médico da prisão de Tora, no sul da capital, não dispunha do equipamento necessário para tratar uma trombose.

O advogado do ex-presidente, Farid el Dib, disse nesta quarta-feira (20) à Agência Efe que o estado de Mubarak melhorou, depois de ter sido intensificado seu tratamento ontem à noite, negando assim a sua morte clínica. "O tratamento teve êxito", explicou Dib, depois da piora do quadro de Mubarak, que sofreu uma trombose cerebral e um ataque cardíaco.

Durante as últimas horas, circularam informações contraditórias sobre o estado de saúde do ex-presidente. O correspondente da televisão estatal egípcia no hospital militar de Maadi assegurou hoje (20) que Mubarak está inconsciente e respira com a ajuda de aparelhos. A agência de notícias estatal egípcia "Mena" informou ontem à noite, citando fontes médicas, que Mubarak estava clinicamente morto. Segundo essas fontes, o coração do ex-presidente parou depois de terem fracassado os esforços para reanimá-lo.

O Ministério da Saúde deverá publicar em breve um comunicado sobre a situação do ex-mandatário.
Mubarak foi encarcerado em Tora em 2 de junho, após ser condenado à prisão perpétua por sua cumplicidade na morte de manifestantes durante as revoltas que levaram a sua renúncia, em fevereiro de 2011. Desde seu ingresso na prisão, a saúde do ex-presidente começou a se deteriorar, e durante seus 17 dias em Tora teve de ser atendido de emergência em várias ocasiões.

Com Efe