PMDB oficializa candidatura de Chalita
O PMDB oficializou neste domingo (24) a candidatura de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo. O evento, que começou na parte da manhã na Praça da Sé foi marcado por ataques aos adversários José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
Publicado 24/06/2012 20:04
Sem citar nomes, o jingle apresentado na convenção traz crítica implícita a Serra por ele ter deixado a prefeitura em 2006, com pouco mais de um ano de mandato, para disputar o governo de São Paulo, descumprindo promessa que havia feito na campanha de 2004.
Em entrevista, o peemedebista também fez críticas indiretas a Haddad, que na última semana assistiu a uma crise interna em sua campanha por causa da aliança com Paulo Maluf (PP), adversário histórico do PT paulistano.
"Sou o candidato da fé [Chalita é católico praticante], do respeito, da aliança correta, é São Paulo em primeiro lugar, nossa aliança é com o povo", disse o candidato, que até então vinha mantendo uma política de troca de afagos com Haddad.
A convenção deste domingo começou pela manhã. Acompanhado do vice-presidente da República Michel Temer, Chalita assistiu à missa na Catedral da Sé.
Logo depois, foi para evento eleitoral na praça, onde havia algumas centenas de cabos eleitorais.
Em entrevista, Temer minimizou o fato de Chalita não ter conseguido apoio de grandes partidos e disse que o fato de o PMDB disputar com o PT em São Paulo não contaminará a coalizão do governo Dilma Rousseff.
"O que não podemos e não vamos fazer é deixar que o quadro local, seja em São Paulo ou em qualquer lugar do Brasil, possa contaminar a aliança no governo Dilma, que é muito sólida."
De acordo com a última pesquisa Datafolha, Chalita tem apenas 6% das intenções de voto para a sucessão paulistana.
Apesar de o vice-presidente da República dizer que a aliança nacikonal com o PT é sólida, o presidente nacional do PMDB rebateu em termos hostis o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Carvalho havia dito que o apoio do PP ao candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ocorreu com troca de cargos, e não de dinheiro.
"É como disse um assessor aí: a negociação não envolveu dinheiro, mas orçamentos poderosos", disse Raupp.
"Teve um partido que ficou entre uma secretaria estadual e outra nacional. Uma, com R$ 1,5 bilhão de orçamento, e a outra com R$ 2,2 bilhões", afirmou o pemedebista, na convenção para homologar a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) para prefeito.
Com informações do UOL