Atentados fazem exército e polícia reforçarem segurança em Bagdá

Soldados do corpo de segurança e antiexplosivos redobraram hoje os controles em Bagdá na previsão de atentados, horas após uma série de ataques com bombas ter deixado 21 mortos em diferentes partes do Iraque.

A polícia aumentou desde ontem à noite a patrulha do bairro de Washash, com predomínio de população muçulmana xiita e em cujo mercado central morreram oito pessoas e outras 30 ficaram feridas pela explosão de um artefato em um táxi estacionado ali.

Meios de comunicação locais divulgaram que a vigilância se elevou nesta sexta-feira (29) em torno da fortificada Zona Verde de Bagdá, onde há vários edifícios estatais e governamentais, e embaixadas de países ocidentais.

Segundo o Ministério do Interior, quatro iraquianos morreram e outros 20 estão feridos quando um carro bomba foi detonado próximo a um edifício governamental em Taji, povoado de maioria sunita situado 20 quilômetros ao norte da capital.

A violência deixou um saldo de um policial morto e outro ferido por uma bomba na área xiita de Abu Dsheer, no sul Baghdadi, enquanto na cidade de Falluja, cabeceira provincial de Anbar (oeste), dois agentes morreram e quatro ficaram feridos em fatos similares.

Outro carro bomba foi detonado próximo a um local de oração xiita na cidade de Baaquba, ao norte desta capital, com balanço de seis falecidos e 51 lesionados, agregaram as fontes.

O ataque seguiu a explosão de uma bomba na mesma localidade, capital da província de Diyala, que provocou dois mortos e quatro feridos, acrescentou um oficial, enquanto socorristas trabalharam até esta madrugada no resgate de cadáveres embaixo dos escombros.

Precisamente, a convivência de muçulmanos sunitas, xiitas e de curdos em Baaquba converte-a em uma das cidades mais voláteis do Iraque, mais agora que o país atravessa por uma inquietante crise política entre o governo e a oposição.

Membros da oposição no parlamento, basicamente a aliança Iraqiya, apoiada por sunitas, acusam o premiê iraquiano, o xiita Nouri Maliki, de tratar de consolidar o poder a expensas suas, e ameaçaram com promover um voto de desconfiança.

De fato, Maliki assinalou na quarta-feira passada a possibilidade de convocar a eleições legislativas antecipadas, se outros partidos políticos negavam-se a participar no diálogo nacional com o que se pretende negociar a repartição do poder nesta nação mesopotâmica.

Estatísticas exibidas por meios noticiosos iraquianos afirmam que ao redor de 200 pessoas perderam a vida neste mês de junho, basicamente xiitas, como consequência da violência sectária.

Fonte: Prensa Latina