Zona do euro tem taxa de desemprego recorde

A crise europeia, alastrada por todos os países da zona do euro, pode resultar em uma “geração perdida”. De acordo com dados divulgados nesta segunda (2), relativos a maio, o bloco atingiu pior taxa de desemprego de sua história: 11,1%.

Os piores índices são de Espanha (24,6%) e Grécia (21,9%, com dados relativos a março), que passam por forte turbulência econômica. Alemanha, Áustria e Luxemburgo, com os melhores índices, não passam dos 6% de desempregados.

Comparando os dados com o mesmo período do ano passado, maio de 2011, 1,8 milhão de pessoas ficaram desempregadas na zona do euro. Hoje, são mais de 17 milhões sem trabalho. A maior preocupação, no entanto, é com a empregabilidade de jovens europeus. Os números são ainda mais alarmantes. Ao todo, 22,6% estão sem emprego na zona do euro, o que corresponde a 3,4 milhões de jovens.

Os piores dados são, novamente, de Espanha e Grécia, em que cada um tem 52,1% de desempregados, ou seja, mais da metade da população com menos de 25 anos. Cerca de 280 mil ficaram desempregados maio de 2011.

Os resultados vêm na esteira de uma política de austeridade nos países da zona do euro, vitimados por crises internas de confiança e quebras de bancos estatais, cuja má administração, apoiada em bônus milionários, incrementou os déficits internos.

A Grécia recebeu hoje mais uma parte do pacote de resgate de sua economia, no valor de 1,8 bilhão de euros, sob rígidas regras do FMI e do Banco Central Europeu. A Espanha recebeu na semana passada a notícia de que terá ajuda incondicional da União Europeia para sanar seu sistema bancário.

Fonte: Opera Mundi